domingo, 2 de novembro de 2014

Rock Party Halloween - Tribal (31/10/2014)

Noite de Halloween e o Baixada Headbanger decidiu fazer sua festa temática, inclusive com os músicos fantasiados.

Desde as 23h00 já se observava uma intensa movimentação na Tribal, o que só se intensificou com o cair da noite.


Cerca de uma hora depois, todos estavam a postos para dar início a essa grande festa, e o que se viu foi o sorriso no rosto de cada envolvido a cada clássico, que se não executado com precisão num ou noutro momento, promoveu encontros de encher os olhos.

Apesar da demora de alguns músicos em tomarem seus lugares, considerando que tivemos várias jam sessions, o resultado foi extremamente positivo.



Não ensaiaram e alguns músicos nunca tinham tocado juntos, por isso o público não questionou essa ou aquela "derrapada", que raramente aconteceram, mostrando a qualidade e profissionalismo dos envolvidos.

Cometerei a injustiça de não citar todos os envolvidos, mas alguns fatos ou pessoas foram marcantes, tais quais:

1) Luciano Gavioli

O cara simplesmente resolveu tocar com uma cobra enrolada no seu pescoço.Passado o susto inicial, todos gargalhavam sem parar com a sua excentricidade.


2) Reunion e Invaders dividindo o palco

André Ricardo é notadamente o melhor intérprete das músicas do Maiden por esses lados, assim como o irretocável Binho Harris, se não bastasse isso tiveram o apoio da banda Reunion, que além do som próprio, vem se notabilizando pelas execuções caprichadas não só dos clássicos, mas principalmente daquelas que gostaríamos de ver ao vivo, mas foram relegadas pelo sexteto britânico.

Para completar o momento memorável, um Eddie surge da plateia, devidamente caracterizado.

3) Luciana Campos

Corro o sério risco de tornar-me repetitivo, mas o que essa mulher canta deve ser objeto de estudo.

Na verdade incorpora um personagem, seja nos trejeitos, no figurino, além é claro, do seu principal instrumento, a voz.

Mesmo saindo da zona de conforto, ao cantar músicas que não são as mais adequadas para a sua voz, como Bark At The Moon, ela não desafina por um segundo sequer e todos os olhos se voltam para a sua performance.

Antes que considerem essa análise parcial, pela nossa amizade, só posso falar de quem conheço, e do pouco tempo que a acompanho em cima dos palcos, assim como nos bastidores, tenho ainda mais certeza que essa moça merece os holofotes.


4) Luiz Oliveira

Quando se pensa num evento festivo, vem a mente músicos mais relaxados, mas quando falamos da pessoa acima, esqueça tudo isso.

O cara é um monstro, e mesmo nessas situações se desdobra e deixa todos boquiabertos com a sua habilidade, a serviço da música, tão raro num mundo de pretensos "guitar heroes" a cada esquina.

Juro que tentei flagrar algo, mas ele não errou uma nota.

Melhor guitarrista da região e outro que precisamos ver com muito mais frequência ao vivo.

5) Vagner Silva

Outro que encarou o evento como a final de um campeonato, e era notório um misto de alegria e ansiedade no seu semblante, o que era bastante compreensível, levando-se em consideração o bom tempo que ele estava longe das baquetas.

A cena precisa de mais pessoas assim, que dominam o instrumento e tocam com toda vontade possível, seja pra 5 ou pra 5 mil pessoas.

Desde já lanço a campanha "Volta,Vagner!".



Repertório

1 - Halloween (King Diamond)
2 - Eagle Fly Free (Helloween)
3 - Bark At The Moon (Ozzy Osbourne)
4 - Servant In Heaven King In Hell (Kreator)
5 - Iron Maiden (Be Quick Or Be Dead)
6 - Can't Stop Loving You (Van Halen)
7 - The Preacher (Testament)
8 - Still Of The Night (Whitesnake)
9 - The Last In Line (Dio)
10 - Indians (Anthrax)
11 - Chop Suey (System Of A Down)
12 - Lick It Up (Kiss)
13 - Walk (Pantera)
14 - Black Night (Deep Purple)
15 - Redneck (Lamb Of God)
16 - A Touch Of Evil (Judas Priest)
17 - Killing In The Name (Rage Against The Machine)
18 - Thunderstruck (AC/DC)
19 - Hangar 18 (Megadeth)
20 - Sympton Of The Universe (Black Sabbath)
21 - Creeping Death (Metallica)
22 - Duality (Slipknot)
23 - Arise (Sepultura)
24 - War Ensemble (Eagle Fly Free)


Sem dúvida esse evento se repetirá, ainda melhor, e todos foram responsáveis pelo seu sucesso, seja o público, que compareceu em ótimo número, um dos recordes da casa, os músicos que compraram a ideia, deixando qualquer coisa de lado apenas para estar ali, alguns inclusive desceram a Serra apenas para isso e ao Wanderson Barreto e Eduardo Custódio Jr. que tem levantado a bandeira aqui na região, para as bandas se unirem, se fortalecerem, independentemente dos subgêneros ou rixas do passado, isso sem exigir nenhum centavo.



Vários outros estão se mobilizando, mas cito os dois, porque desde a primeira Jam Fest, naquela extinta casa de shows da cidade, decidiram dar a cara a tapa por algo que acreditam.

Agradeço novamente ao Fabio Hutterer e toda a equipe da Tribal pelo espaço e melhorias que estão fazendo.



Parabéns também ao Márcio Tavares pelo registro dos melhores e mais inusitados momentos.



Eventos desse tipo mostram de uma vez por todas que dizer "Somos todos Baixada Headbanger" não é apenas uma frase de efeito legal.


O evento em números

4 horas de música

24 músicas

73 músicos

4 dançarinas

1 cobra

900 espectadores