sábado, 21 de julho de 2012

Firewind - Few Against Many


Esperava com bastante expectativa o sétimo álbum de inéditas do quinteto grego de power metal do Firewind,e o resultado foi decepcionante.

Wall Of Sound começa com riffs empolgantes, em consonância com a bateria e um refrão contagiante.Dá a falsa impressão de que o cd vem com tudo.

Losing My Mind é mais uma em que a dobradinha entre Gus G. e Johan Nunez se faz presente.Perde toda a força num refrão pouco inspirado e extremamente repetitivo.

A faixa-título começa de maneira avassaladora, com Apollo mostrando toda sua precisão, mas o refrão é prejudicado por riffs insuportáveis.

The Undying Fire tem o típico refrão que funciona muito bem ao vivo,com os coros do público.Gus G. finalmente tem lampejos criativos.

Another Dimension é a única em que a versatilidade de Apollo é destacada, e o Firewind age como um grupo, bem entrosado.Mescla momentos pesados, com outros mais cadenciados.Destaque ao talentoso Bob Katsionis,que dá um clima bem interessante a música.

Glorious começa com uma voz sinistra de Apollo, mas peca pelo já tradicional refrão monótono.

Edge Of A Dream conta com a participação da banda Apocalyptica, e em poucas palavras, é uma balada muito chata.Passe para a seguinte sem pensar muito.

Destiny conta com vocais inspirados de Apollo, e uma bateria violenta e precisa como um relógio suíço.Destoa positivamente das demais músicas.

Long Gone Tomorrow é uma música mais cadenciada e bem interessante, em que Gus G. resolve mostrar que continua ali, mas novamente quem se destaca é a dupla Apollo e Katsionis.

No Heroes, No Sinners é mais uma num ritmo excessivamente cadenciado pro gosto de qualquer um.Nada mais a declarar, além de Apollo demonstrar seu protagonismo no álbum.

Battleborn encerra o álbum num ritmo cadenciado, mas bem interessante, com um refrão poderoso, que funcionará muito bem ao vivo.

Concluindo, se você espera pelos riffs cortantes de Gus.G, além das melodias rápidas e pesadas da banda, esqueça.

Não posso dizer se pela turnê desgastante com Mr. Osbourne, mas aqui o promissor Gus G. mostra-se sem qualquer resquício de sua inspiração e técnica usuais.

É a minha banda favorita dessa nova geração,e a meu ver são bastante subestimados,mas esse album é o mais irregular da atual fase com Apollo Papathanasio,por sinal um vocalista muito versátil e talentoso.

Posso afirmar com toda certeza que esse registro está bem abaixo da sua consistente discografia.


Nota Final: 6

Lista de Músicas:

1 - Wall Of Sound
2 - Losing My Mind
3 - Few Against Many
4 - The Undying Fire
5 - Another Dimension
6 - Glorious
7 - Edge Of A Dream
8 - Destiny
9 - Long Gone Tomorrow
10 - No Heroes, No Sinners
11 - Battleborn

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A "barcelonização" do futebol.


A mídia esportiva não fala de outra coisa,senão o futebol praticado pelo Barcelona.

Visionário,perfeito,nunca visto,são apenas alguns dos adjetivos usados pelos "entendidos" da bola,ao se referirem ao estilo do jogo da equipe catalã.

Muitos dirão que sou inconsequente,ou apenas ressentido,ao fazer tais afirmações,uma vez que suas vitórias e títulos justificariam esse estilo como perfeito.

Na prática,é inegável que Xavi e Iniesta tratam a redonda com todo carinho,jamais lançando uma bola quadrada aos seus companheiros,por exemplo,mas duvido que alguém suporte ver seu time "emular" o estilo de jogo catalão por mais de cinco minutos,tocando a bola pra lá e pra cá sem qualquer objetividade.

Essa história de atacante que não guarda posição é outra balela,já que o que seria do futebol,sem grandes matadores,como Reinaldo,Serginho Chulapa,Juary,Pagão,Romário e tantos outros?

Levando em conta só o meu Santos FC,a equipe que encantou recentemente o país,jogava um futebol altamente ofensivo,driblador,onde quem recebia a bola partia com tudo pra cima do marcador,deixando-o na maioria das vezes sem reação,e o resultado era um drible desconcertante ou a falta.

Que o futebol brasileiro caia na real de que não precisa copiar ninguém,já que é o único país pentacampeão,e continua exportando jogadores,cada vez mais jovens.

Eu quero ver gol,e mais do que isso,o futebol alegre,cheio de improviso e empolgante,afinal quem quiser ver a magia da posse de bola,é só dar uma bola pra cada jogador,ou eternamente brincar do popular "bobinho",onde aí sim é fundamental o toque de bola incessante.

Os Mercadores de Ilusão da Bola.


Teve grande repercussão as recentes contratações de Ronaldinho Gaúcho,Seedorf,Juan e Forlán,por Atlético Mineiro,Botafogo e Internacional respectivamente.

Jogadores com conquistas invejáveis,isso é indiscutível,mas o que todos preferem desprezar é que estão no ocaso de suas carreiras,e só passaram a olhar para esse lado do globo porque já não tem espaço em times europeus,e com a recente crise econômica no continente europeu,encontraram um lugar perfeito para chamar de seu,num país que cresce a passos largos.

Venderão várias camisas,conseguirão alguns patrocinadores para seus times e consequentemente lotarão os estádios,mas a grande questão é:

O que farão dentro das quatro linhas?

Pouco ou quase nada,posso afirmar categoricamente,já que há tempos não jogam um futebol brilhante,e num esporte que atualmente privilegia super-atletas,que corram até mais do que os noventa minutos regulamentares,apenas ocuparão espaços no campo.

Quero ver é alguém dizer que contratará o temperamental,mas decisivo Balotelli ou o cerebral Ozil.

Porque será que a mídia tendenciosa(sim,até a esportiva está nesse barco) não mostra como isso faz parte de uma cortina de fumaça para dirigentes não deixarem evidente sua incompetência em montar times verdadeiramente competitivos?

Enquanto pegamos as estrelas (de)cadentes,os times do Oriente Médio ou mesmo da Europa não perdem tempo em cooptar o quanto antes nossos diamantes brutos,que não tem tempo algum de brilharem em campos tupiniquins.

É,as artimanhas dos dirigentes dos clubes para se manterem intocáveis nos cargos,nem Mister M consegue desvendar.

sábado, 14 de julho de 2012

Dia Municipal do Rock - Praça dos Andradas (14/07/2012)


Na tarde desse sábado,o cidadão santista pode conferir seis horas de muito rock n' roll,e o melhor de tudo,gratuitamente.

Devido a outros compromissos,cheguei por volta das 15h40,pegando o final do show da banda Wild Side,que empolgou os presentes,com seu cover de Dr. Feelgood,e um figurino típico do hard rock de Guns N' Roses,Motley Crue e outras autoridades do estilo.

Aproveito para pedir desculpas a Big Malte Blues Band e a banda já referida acima,que não receberão uma análise detalhada,pelo motivo já explicado,mas com certeza contribuíram para abrilhantar o evento.

A banda Dedo di Moça começou sua apresentação com Come Together,seguiu com a clássica Cocaine,onde a intimidade de Felipe com a guitarra já ficou comprovada.

Vários outros clássicos deram continuidade ao espetáculo,porém mais importante do que descrevê-los um a um é dizer da evolução da banda,que é muito entrosada,tem ótima comunicação com os fãs,e a evolução de Carla Mariani,que a cada show sente-se mais a vontade no palco,seja para um público de dez ou dez mil pessoas,e com a composição de músicas próprias eles alçarão grandes voos,indubitavelmente.

Além disso,é importante citar a habilidade que tiveram na escolha das músicas,já que ao contrário da Rising Sun,também capitaneada por Carla Mariani,a banda Dedo di Moça conta com um repertório bem mais eclético,contando por exemplo com músicas de Joss Stone nos seus shows,entretanto nesse espetáculo,eles pesaram a mão,literalmente.

Músicas Tocadas:
1 - Come Together
2 - Cocaine
3 - Have You Ever Seen The Rain?
4 - Purple Haze
5 - Por que a gente é assim?
6 - Jardins da Babilônia
7 - Helter Skelter
8 - Piece Of My Heart
9 - Foxy Lady

O quinteto capitaneado por Carla Mariani foi bastante aplaudido ao final da apresentação.

Poucos minutos depois subiu ao palco a banda Erodelia,que mesclou clássicos do rock/heavy,com composições próprias.

Iniciaram seu show com todo o gás,com It's So Easy,e a partir da segunda música já ganharam o público,pois decidiram executar Long Live Rock N' Roll,e aí meus caros,fomos ao delírio,e os "stage divings" não tinham fim,até porque,com toda sua dificuldade e a responsabilidade de interpretar um clássico do saudoso Dio,eles seguraram muito bem a bronca.

Toda a banda merece destaque,já que tem ótima presença de palco,técnica inegável,interpretaram muito bem os clássicos do rock/hard/heavy,além de contarem com ótimas músicas,que soam muito mais pesadas ao vivo,são cantadas em português,e são bem irreverentes.

Músicas Tocadas:
1 - It's So Easy
2 - Long Live Rock N' Roll
3 - Sábado à Noite
4 - Mulher Perfeita
5 - Breaking The Law
6 - Panama
7 - Love Ain't No Stranger
8 - Fútil
9 - N.I.B
10 - Despedida de Donzela
11 - Bark At The Moon

Pouco depois das 19h00,a mítica banda Carnal Desire subiu ao palco.

Destacar uma ou outra música aqui é besteira,já que o show em si foi um bombardeio sonoro,desse trio que tem a mão pesada,e uma irreverência única.

Antes de cada música,uma explicação mais didática e hilária que a outra,e o mais importante,um som alto e pesado.

As rodas só eram interrompidas para os "stage divings",o que demonstra o quanto o público estava satisfeito com a apresentação poderosa desse importante trio santista.

Músicas Tocadas:
1 - ???
2 - Sodoma e Gomorra
3 - ????
4 - Chico
5 - Edir Macedo
6 - Churros Assassinos
7 - ?????
8 - 5x1
9 - Inveja
10 - Cuidado com a AIDS
11 - Masturbação
12 - Fio Terror
13 - Broxada Mortal
14 - Zoofilia
15 - Calvície Vaginal
16 - Eu Sou Carnal
17 - Profissão Peão
18 - Cookie é Bom
19 - Dark Room

Para encerrar a noite em grande estilo,assistimos ao Medusa Trio.

Encarei como um momento de relaxamento depois da avalanche sonora proporcionada pelas cinco bandas anteriores.

O que se viu e ouviu,foi um rock de alta qualidade,mesclando composições próprias e grandes clássicos do rock.

A técnica dos músicos é algo de inacreditável,o que cativou a todos,levando-se em conta que fazem música instrumental,um estilo bem longe da grande mídia e mesmo do público.

Como já mencionado,fizeram uma apresentação cheia de técnica,mas que acima de tudo,primou pelo entretenimento,e não uma competição de quem sabia tocar melhor,como se vê em muitas apresentações e até mesmo workshops.

Na saideira,o que se viu foi uma rajada de riffs memoráveis,e a certeza de que eventos como esse tendem a crescer e atrair cada vez mais a atenção de todos.

Músicas Tocadas:
1 - Blues do Rock
2 - Sábado de Sol
3 - While My Guitar Gently Weeps
4 - Ei Amigo,com participação especial de Adriana Banhesa
5 - Have You Ever Seen The Rain
6 - Miss You
7 - Come Together/Smoke On The Water/Paranoid/Another Brick In The Wall

Todos os envolvidos merecem os parabéns,pois o som estava muito bacana,o policiamento adequado,e o único porém fica por conta do público,que pra um sábado ensolarado a tarde,num evento em praça pública,gratuito,compareceu de maneira muito modesta.

Não quero aqui dar uma de Edu Falaschi,mas a continuidade e melhoria de eventos desse tipo depende da nossa presença.

Keep On Rocking!

Rock Symphony - Banda Sinfônica de Cubatão e Metanol Rock Band(13/07/2012)


No dia mundial do rock,na Festa Inverno de Cubatão,no Jardim Casqueiro,aconteceu o Rock Symphony,que uniu a Banda Sinfônica da cidade,com a Metanol Rock Band,para interpretarem os grandes clássicos do rock.

O público,de todas as faixas etárias, compareceu em excelente número,ou seja,lá estavam jovens casais,vários pais com filhos de colo,além dos representantes da melhor idade,e o espetáculo correspondeu a altura.

A estrutura do evento impressionou positivamente,já que o local do espetáculo era coberto,com mesas,o palco com iluminação de primeira,e os músicos da Metanol Rock Band ficaram separados dos integrantes da orquestra por um vidro,o que deu um efeito visual muito interessante.

Agora vamos ao show propriamente dito.

Sob a regência do Maestro Sadao,a orquestra iniciou o espetáculo com a imbatível Carmina Burana,e logo em seguida veio o grande clássico do Queen,We Will Rock You,cantado em uníssono pela plateia.

Under Pressure manteve a empolgação dos presentes,com uma ótima dobradinha entre Aldre e Fabrício Rodrigues nos vocais,e o único porém ficou na hora do solo,já que ficou a impressão de que a guitarra deveria estar mais alta,mas nada que tenha estragado o grande momento.

Nesse instante o público já estava ganho,mas ainda havia muita coisa boa por vir,mais especificamente Smoke On The Water e Help,onde José Ricardo e Raul Bernardes mostraram toda sua intimidade com a guitarra.

Hey Jude foi aquele momento em que os casais,incluindo este que vos escreve,aproveitaram para ficarem ainda mais agarrados.

Comfortably Numb foi um momento transcendental,com a bela voz de Aldre Lima,as guitarras,a linda noite,enfim...

Em Stairway to Heaven,Aldre mostrou que estava ali para chamar toda a atenção com sua voz indescritível.

Com Perfect Strangers,além dos já citados guitarristas terem mostrado mais uma vez toda sua técnica e peso,foram muito bem auxiliados por Fabrício Leite e Rogério Cunha.Outro momento de cantar a plenos pulmões e bater cabeça.

Não seria exagero dizer que nesse momento a voz do público encobriu a orquestra e a banda,e a responsável por isso foi You Shook Me All Night Long.

A plateia que já estava ensandecida,com um largo sorriso,ficou de vez em êxtase com o grande clássico do Van Halen,Jump.

Quando soam os primeiros acordes de Enter Sandman,discretamente ao lado do palco,é possível ver uma roda se formando,e além do habitual peso da dupla de guitarristas,deve-se citar aqui a versatilidade de Aldre,que soube cantar em momentos mais "cristalinos",mas soube alterar a sua voz brilhantemente para essa canção.

Muitos agradecimentos,e eles anunciam a saideira com The Final Countdown,que teve ótima resposta do público.

Felizmente aquele não era o momento derradeiro,e o público perdeu definitivamente a voz com o maior clássico do Kiss,Rock And Roll All Night,em meio a uma chuva de papel picado.

Ótima estrutura de palco,som e luz,público cheio de energia,banda extremamente técnica e entrosada,ou seja,a noite foi mágica.

Merecem nossos parabéns todos os envolvidos,que mostraram que um show de rock é sempre viável,e ao contrário do que diz o senso comum,não houve nenhuma ocorrência registrada.

Músicas Interpretadas:
 1 - Carmina Burana
 2 - We Will Rock You
 3 - Under Pressure
 4 - Smoke On The Water
 5 - Help
 6 - Hey Jude
 7 - Comfortably Numb
 8 - Stairway To Heaven
 9 - Perfect Strangers
 10 - You Shook Me All Night Long
 11 - Jump
 12 - Enter Sandman
 13 - The Final Countdown
 14 - Rock And Roll All Night

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Marcos Mendes (PT)


Para inaugurar essa seção do blog,entrevistei o candidato Marcos Mendes,do PT.


1) Marcos, conte sobre sua vida pessoal,formação, seus hobbies, etc?
Nasci em Araraquara, interior de São Paulo, mas vim viver em Santos ao completar meu primeiro ano de vida. Meu pai veio para cá no ano em que nasci para trabalhar numa empresa de navegação. No ano seguinte viemos minha mãe, eu e meu irmão mais velho.
Sou graduado pela Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista (FATEC) em Tecnologia em Processamento de Dados, licenciado para exercício da docência e pós graduando em Gestão de Educação à Distância.

Atualmente atuo profissionalmente como docente das Escolas Técnicas (ETECs) do Governo do Estado de São Paulo.
Meu hobbie mais atual é cuidar e curtir a minha princesa que nasceu em abril.

Além disso, depois de botá-la pra dormir, gosto muito é de tocar minha guitarra, meu baixo e ouvir um bom rock and roll.
Muitos não sabem, mas cheguei a integrar algumas bandas de rock de Santos e tive o imenso prazer de viver minha adolescência na Capital Mundial do Hard Core (um estilo de rock influenciado pelo Punk Rock) que foi Santos nos anos 90.
Gosto também de prestigiar os belos pontos turísticos daqui. Lagoa da Saudade, Fonte do Sapo, Orquidário, e a cachoeira do Caruara são meus passeios favoritos.
Fora isso, sinto prazer em me engajar em lutas justas em defesa do progresso e da justiça social, mas não considero isso propriamente um hobbie. Pra mim é um dever cidadão, uma contribuição social.

2) Como foi o início de sua militância política?
Vish! Vou contar história agora, quem não tiver paciência para ler que me perdoe, mas passe para a próxima pergunta! =)
Lembro de um professor de Geografia da quinta série, chamava-se Renato, que foi quem pela primeira vez me apresentou uma ideologia política baseada numa estrutura social que tem os produtivos, os trabalhadores como pilares da sociedade.
Desde então passei a me identificar com essas teorias que defendem a igualdade entre os homens, que dão sentido ao fato dos seres humanos se organizarem em sociedade, teorias que sempre me pareceram muito justas e até mesmo cristãs.
Daí pra frente, comecei a ler e estudar muito a parte teórica deste conjunto ideológico político e social. Tive como bons companheiros nessa jornada diversos livros dos quais gosto de fazer releituras, de tempos em tempos, por que compreendo que o meu amadurecimento biológico e social me permitem tirar diversos novos aprendizados a cada vez que os leio. “Salário, Preço e Lucro”, “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, “Processo de Trabalho e de Produzir a Mais-Valia”, “Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem” e “Trabalho Assalariado e Capital” foram e ainda são, sem dúvidas, meus grandes tutores.
Lá pelos anos 90, eu ainda moleque, já me envolvia nas lutas dos jovens, principalmente por respeito, pela discriminalização da juventude, assuntos tão atuais ainda hoje em dia além de lutar também por espaço para a pratica esportiva e para o desenvolvimento cultural.
Lutava em especial para que as bandas de rock da época tivessem oportunidade de apresentar seus trabalhos. Tínhamos, já naquela época, e ainda temos, muitos excelentes artistas e grupos talentosíssimos não reconhecidos ou aproveitados nessa cidade!
Desta época, lembro em especial de uma apresentação que fiz tocando guitarra com uma amiga, a artista teatral e cantora Raquel Rollo, na Praça Mauá, em um protesto às acusações de corrupção do governo Beto Mansur.

Na oportunidade conheci o saudoso amigo Zellus Machado com quem passei a trocar muitas idéias sobre política, artes, filosofia... Foi numa dessas adoráveis conversas (e quem teve o prazer de conviver com ele sabe o quanto era bom trocar idéias com essa grande camarada) que tive a certeza de que eu não estava sozinho em minhas concepções e que podia e precisava ir mais a fundo, ser mais participativo na construção da sociedade que sonhávamos!
Em 2004 militei junto aos estudantes da FATEC Santos onde promovemos o início de uma greve de 80 dias que me orgulho de lembrar que começou com os estudantes e em seguida ganhou a participação dos professores e funcionários.

O motivo desta greve foi por que o governo do estado tentou, numa manobra política mesquinha e antidemocrática, romper o vínculo existente entre as FATECs e a UNESP. Em resumo essa manobra facilitaria o processo de privatização da instituição. Mais detalhes sobre essa questão do vínculo podem ser encontrados no link a seguir:
Depois de graduado, como tantos outros santistas, fui obrigado a encarar o desemprego e a falta de oportunidades na região e me sacrificar nos ônibus fretados que deixam a Baixada às centenas rumo a capital. Trabalhei numa empresa multinacional de Tecnologia da Informação com salário, benefícios, enfim, um certo reconhecimento, que aqui na nossa região  jamais teria a oportunidade de receber. Fui obrigado a optar por subir e descer a serra todos os dias enfrentando no mínimo 4 horas dentro de um ônibus fretado para poder continuar vivendo na cidade que me criei e que amo viver.
Em 2008 comecei a lecionar nas ETECs. Neste mesmo ano me filiei ao PCdoB onde fiz muitos amigos e troquei muitas experiências. Foram tempos de muito aprendizado, mas infelizmente, no que tange a ação militante, ainda não era o que eu procurava.
Foi em 2011 que, cansado de tantas irregularidades de desrespeito à legislação e de enfrentar condições trabalhistas tão precárias na instituição (Centro Paula Souza – ETECs e FATECs), além de vivenciar a qualidade do ensino em queda meteórica, desde meus tempos de estudante da FATEC até então, resolvi ingressar ativamente no Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza – SINTEPS, inicialmente como voluntário no processo de luta e negociação para tentar reverter a situação junto ao Governo do Estado.
Infelizmente, devido ao modo como o governo Alckmin quis conduzir a “negociação”, na qual eles impunham e queriam que aceitássemos as condições deles, fomos obrigados a convocar uma greve estadual no mesmo ano para através da luta política dos trabalhadores, conseguir caminhar em uma negociação mais justa, menos desequilibrada. Afinal, os professores e funcionários já se encontravam a 6 anos sem reajuste algum e muitos não recebiam sequer o salário mínimo estadual. Claro que em condições de trabalho tão degradantes, mais de 70% dos trabalhadores da instituição em todo o estado aderiram a esta luta.
Funcionou. Se não conquistamos tudo aquilo que nos deviam após 6 anos sem reajustes, se não conseguimos fazê-los passar a cumprir todas as leis trabalhistas de uma só vez, ao menos a situação passou de insuportável para... “menos insuportável”...
Aqui em Santos, devido a esta greve, buscamos o apoio da Deputada Estadual Telma de Souza que de pronto e também na qualidade de professora nos apoiou.

Foi por causa da mobilização dos estudantes, professores e funcionários e da intervenção da Deputada frente ao Governo do Estado que a Escola Estadual Zulmira Campos na Zona Noroeste que abriga uma classe descentralizada da ETEC Escolástica Rosa recebeu bebedouros que antes, mesmo com cerca de 300 alunos, não possuía e também um laboratório de informática que também não existia.
Conquistamos juntos aos trabalhadores o cumprimento de algumas leis que não eram respeitadas e um reajuste, insuficiente, mas que para muitos trabalhadores, inclusive os que recebiam menos que o salário mínimo estadual, foi o que permitiu-lhes continuar sobrevivendo do trabalho que exercem com muita competência e amor nesta instituição. Além disso, nossa ação pode adiar o colapso que a instituição esta beirando com a falta de professores (que até são aprovados em concurso, mas não tem interesse em aceitar a vaga devido as péssimas condições e salários).
Mas com tudo isso, o balanço que o sindicato faz é de que valeu a pena por que mostramos aos trabalhadores que são eles quem constroem essa sociedade. A categoria abriu os olhos e percebeu que não tem só deveres enquanto membros da sociedade, mas que devem ter direitos, suficientes para equilibrar e manter proporcional seus  aos seus deveres.
Ainda no final de 2011 me candidatei e fui eleito diretor sindical do SINTEPS em Santos. A partir daí, com outros colegas, começamos a trabalhar para re-organizar e representar a categoria que andava abandonada por aqui, até então.

Passei a orientar e apoiar meus alunos na revitalização do Diretório Acadêmico da FATEC Rubens Lara e do Grêmio da ETEC Aristóteles Ferreira.

Em 2012 essa molecada, de quem muito me orgulho, realizou todos os processos necessários para legitimar chapas e administrar esses dois organismos estudantis de extrema importância democrática dentro das Unidades de Ensino. Afinal, escola não se faz sem os estudantes. Esse negócio de querer gerir escolas e faculdades excluindo a participação dos estudantes nunca funcionou e sempre só trouxe prejuízos para a educação.
Foi no início de 2012 que recebi o convite para me filiar ao PT e como já tinha presenciado a militância ativa deste partido e gostado do que tinha visto, resolvi filiar-me no intuito de agregar na construção de um partido que possa representar de fato os trabalhadores e abrir caminhos rumo ao socialismo no Brasil.

3) O que o motiva a tentar uma vaga na nossa Câmara de Vereadores?
Santos é minha terra, cresci aqui e vi essa cidade mudar muito e infelizmente, nos últimos anos, perder a posição de cidade número 1 em qualidade de vida e crescer sem planejamento, gerando graves problemas para a população santista refletindo esses problemas para toda a região da Baixada.
Isso não pode ser considerado progresso, na minha opinião.
Possuo propostas elaboradas conjuntamente em debates que mantenho com diversos setores da sociedade santista, que me permitirão, se eleito, corrigir alguns problemas essenciais de nossa cidade. Propostas simples, mas nem por isso menos inovadoras ou eficazes.
Penso que às vezes as pessoas procuram soluções tão complexas e inviáveis ou mesmo que não são da alçada do cargo que pretendem ocupar quando na verdade, podemos encontrar excelentes soluções na simplicidade e dentro do escopo do que pode e do que não pode fazer um vereador.
O mais importante, na verdade o fundamental, na minha opinião, é que o candidato a vereador tenha em mente que ele estará lá na Câmara para representar a população e só poderá representar a população se estiver perto dela, se permitir que o povo governe, através de seu mandato. Na verdade o vereador deve ser um coordenador das idéias e vontades da população que ele representa. Se não for assim, ele nunca será legitimo.

4) Você já tem idéia de como se dará o financiamento de sua campanha?

Boa parte sairá do meu próprio bolso, o que não dá muita coisa já que o salário de professor no estado de São Paulo, ainda mais os das ETECs, é bastante desrespeitoso.
Outra parte virá da realização de eventos e da doação de pessoas físicas que confiam em mim e acreditam no trabalho que juntos poderemos desenvolver através da representação do meu mandato na Câmara Municipal.
Se alguma empresa ou organização quiser contribuir, não recusarei, mas que não esperem nenhum tipo de favor ou de maracutaia política por estas contribuições.

Nesse ponto sou bem direto e sincero. Política pra mim não é profissão, eu sou professor. Exercer um mandato político na minha opinião é contribuição social. Prefiro não me eleger a ser mais um político de “rabo preso” com os detentores do capital, financiadores profissionais de campanhas. Não quero e não vou ser mais do mesmo.
Outras pessoas que se interessarem por minhas propostas e quiserem contribuir de outras formas com a campanha, podem começar adesivando suas foto do Facebook com meu nome e número.
Segue um passo a passo de como adesivar sua foto:
2.    Caso você não esteja ainda logado no Face, Clique no botão azul escrito "Login with facebook"
3.    Se solicitado, entre com seu e-mail e senha do Face (fique tranquilo pois o sistema é do próprio Facebook! Sua senha e e-mail estão seguros!)
4.    Na janela seguinte clique no botão azul escrito "Permitir"
5.    Clique no botão azul escrito "Shown my support now"
6.    Na próxima tela, clique sobre o botão azul escrito "Ser as my profile picture"
7.    A página do seu Facebook abrirá e exibirá a foto já adesivada, mas ela ainda não está sendo usada!
8.    Repare embaixo da caixa de foto o texto "Arraste os cantos da caixa transparente...", no final deste texto tem duas opções, Recorte Finalizado ou Cancelar. Clique sobre "Recorte Finalizado"
9.     Pronto, sua foto já está adesivada e você já está contribuindo para a campanha!

5) Quais meios de comunicação você utilizará na sua campanha?

Até mesmo devido ao baixo orçamento inicial para a campanha, as vias eletrônicas como o site que eu mesmo estou desenvolvendo, redes sociais como o Facebook, Twiiter, e outros serão uma grande ferramenta desta campanha.

Aliás, optei por seguir pela minha área profissional justamente por acreditar que a Tecnologia da Informação traria essa democratização para o mundo, o que de fato já comprovou que traz.
A panfletagem e o boca a boca também farão parte, até por que são de baixo custo.

Gostaria de aproveitar, inclusive, se me permitir e divulgar tanto o site quanto o meu Face e Twitter:

Meus canais diretos de comunicação com a população.


6) Quais as suas propostas para área da educação? O ensino em tempo integral é uma delas?
Veja, na qualidade de educador, que sou e, assim como eu muitos profissionais da área devem se asustar com o termo “ensino em tempo integral” em especial quando se defende a aplicação deste ensino as crianças.
É preciso que fique claro que esta modalidade de ensino prevê um turno de aulas tradicionais e outro de atividades extracurriculares como aulas de dança, ensino de música, culinária, esportes, reforço escolar, etc..
Não se trata de criar depósitos de crianças para pais que precisam trabalhar e não tem com quem deixar os filhos muito menos de sacrificar a criança e o jovem em maratonas malucas de 16 horas de aulas de cálculo ou física, por exemplo, como muitos tem pensando e divulgado erroneamente.
Isto tendo sido esclarecido, posso dizer então que sou absolutamente a favor do ensino em período integral.
Defendo, inclusive como educador, na minha prática docente, a importância da escola na formação do indivíduo como um todo, como um membro ativo e agente transformador da sociedade.
Deste modo, como podemos oferecer para nossas crianças e jovens tão somente o conhecimento daquilo que lhe será necessário para “exercer suas funções futuras no mercado”? Acho esse tipo de colocação horrorosa, abominável, absolutamente contrária a tudo que possa ser considerado pedagógico tanto quanto uma outra muito comum, a do ensino “daquilo que cai no vestibular”.
Precisamos trabalhar para a formação de cidadãos completos e plenos. O ser humano não é máquina muito menos mercadoria para continuar sendo adestrado pelas escolas e ao mesmo tempo levado por quem deveria ajudá-los no trilhar do caminho da formação do caráter e da cidadania a acreditar que esse tipo de adestramento é a verdadeira educação.
Defendo o ensino das disciplinas tradicionais dando-se a mesma importância para disciplinas consideradas atualmente extracurriculares como música, teatro, dança, filosofia, educação física, mas veja bem, EDUCAÇÃO física. Não se trata de tacar uma bola no chão para 40 alunos ficarem chutando e correndo atrás como muito comumente ocorre nas escolas tanto públicas quanto particulares.
Além disso, sou defensor da implantação da disciplina de Educação Cívica na grade escolar, ou seja, o ensino aprofundado das estruturas sociais objetivando que os indivíduos possam se tornar agentes construtores desta sociedade, do ensino de Legislação, obviamente não do mesmo modo como os estudantes de direito aprendem na faculdade, mas de uma forma didática de acordo com a maturidade intelectual de cada faixa etária objetivando a compreensão da sociedade na qual estão incluídos, o conhecimento de seus direitos e deveres e os porquês de cada um deles, da oportunização do contato cultural, enfim, uma escola que forme cidadãos.
Afinal de contas, um ser humano não pode ser resumido ao acúmulo de conhecimento “para ser aplicado no mercado” ou “para passar no vestibular” como infelizmente até mesmo alguns colegas educadores defendem. O que aliás evidencia também a necessidade de promover reciclagens e capacitações a estes profissionais.
Tudo isso precisa ser planejado e aplicado de maneira interdisciplinar e contextualizada sem excluir a participação dos pais e estudantes deste processo de planejamento.
Para que tudo isso funcione perfeitamente, Santos precisa ainda do ambiente e edificações escolares adequadas para a promoção deste tipo de ensino. Lutarei pela implementação de CEUs em nossa cidade que nada mais são do que as estruturas físicas adequadas para a promoção deste modelo de ensino público que defendo.
Parece-me óbvio que muito esforço precisará ser empenhado para que esse modelo de educação torne-se real em nosso município, mas a minha proposta é a de, dentro das possibilidades que o mandato de vereador me proporcionar, encaminhar a educação neste sentido, contando para isso com a colaboração dos educandos, dos educadores, dos pais e de toda a comunidade escolar para que esses objetivos comuns sejam alcançados e a educação em nosso município alavancada a patamares adequados.

7) Quais as suas propostas para a área da saúde, que recebeu uma nota preocupante recentemente do Ministério da Saúde?
São muitos os pontos que precisam ser focados e corrigidos para reverter este quadro. Vou tentar abordar os principais em resposta a esta pergunta.
A primeira coisa que quero fazer, se eleito, referente à saúde, é trabalhar para corrigir alguns erros grotescos cometidos neste “novo” Plano de Cargos Carreiras e Salários da prefeitura no que tange ao enquadramento dos servidores da área da saúde, em especial os Enfermeiros.
Estes profissionais, essenciais para o sistema de saúde, foram enquadrados na letra “P” do plano atual quando na verdade, deveriam ter sido enquadrados na letra “Q” que enquadra outros profissionais de nível superior de funções de igual ou menor complexidade das exercidas pelos enfermeiros.
Já assinei Carta Compromisso com a categoria e não pouparei esforços para cumprir.
Além disso, estou com todos os profissionais da Enfermagem, ou seja, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, na luta pela redução de jornada para 30 horas sem redução salarial. Esta luta foi iniciada e ainda está se desenrolando em âmbito federal, mas enquanto isso, a categoria está se mobilizando para que esta conquista venha em âmbito municipal como já aconteceu em diversas cidades e mais recentemente na cidade do Rio de Janeiro.
A jornada de 30 horas para a enfermagem, bem como farmácia, psicologia, fisioterapia e diversas outras áreas ligadas à saúde é importantíssimo, não só para melhorar as condições de trabalho e diminuir o desemprego nesta área, mas para que estes profissionais possam estar plenamente saudáveis e conscientes física e mentalmente para exercer as complexas funções que esta profissão exige.

Estudos comprovam que as longas jornadas atuais geram desgastes físicos e emocionais a estes profissionais comprometendo diretamente a qualidade do serviço prestado.
Lógico que para conseguir atender a estas reivindicações dependeremos de um projeto que deverá ser encaminhado pelo executivo para que a Câmara vote e aprove, mas enquanto vereador, no papel de fiscalizar e cobrar o executivo, exigirei dia após dia, incansavelmente a elaboração e envio do projeto que contemple estas duas reivindicações.
Irei ainda cobrar do prefeito o reestabelecimento do conceito de Policlínicas implementadas por Telma De Souza, premiado e reconhecido internacionalmente que acabaram por se tornarem Unidades Básicas de Saúde nos governos que a sucederam (apesar de a população ainda chamá-las de policlínicas). Essa medida contribuirá para o desafogamento dos hospitais da região bem como refletirá em mais especialidades para o atendimento da população.

A contratação de médicos mediante concurso é algo que não poderá ser esquecido. Grande parte dos médicos tem sido contratados por tempo determinado, sem concurso público. São mal pagos, não possuem vínculo com a prefeitura e isto acaba refletindo inevitavelmente na qualidade do serviço prestado.

É importante destacar que por mais que um profissional, seja ele de qualquer área, seja competente, se esforce para realizar um bom trabalho, sem que lhes sejam dadas condições mínimas de trabalho, sem que se sinta reconhecido, sem satisfação, o ser humano se torna menos produtivo. Isso não é opinião, isso é estudo científico comprovado e aliás, aplicado nas empresas privadas para manter os funcionários motivados e produtivos.
Temos que fiscalizar e cobrar a contratação de outros profissionais também. Em diversas Unidades Básicas por toda a cidade, por exemplo, faltam enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos, farmacêuticos, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc.. Os profissionais fazem o que podem para se virar no dia a dia e acabam sobrecarregados.
Tem exames na rede levando de 3 a 4 meses para serem realizados. Consulta com ortopedista e algumas outras especialidades, por exemplo, nas UBS’s, tem levado mais de 3 meses. Imagine só, um senhor de idade, ou mesmo um jovem com dores crônicas motivadas por uma hérnia de disco ou outro problema qualquer  ter que esperar todo esse tempo para passar em consulta!  É muito indigno, desrespeitoso! E o município tem condições de realizar contratações! Só o que precisa para isso é gerir melhor o orçamento municipal.
Para finalizar na questão da saúde, tão importante quanto todo o restante, é universalisar o atendimento em toda a região.
Já passou da hora dos políticos pensarem na Região Metropolitana da Baixada Santista como uma metrópole e universalizar tanto o atendimento médico hospitalar quanto todos os demais serviços públicos de nossa cidade articulando com as cidades vizinhas para que o mesmo também seja feito nelas proporcionando melhorias diretas para a população de toda a região.       
Atualmente, se alguém do Guarujá vem a Santos para ser atendido na UBS da Ponta da Praia o atendimento lhe é negado. Isso vai contra todos os juramentos que os profissionais da saúde fazem em suas colações de grau.
Tenho convicção absoluta de que poderei contribuir muito, com o conhecimento que possuo da realidade da saúde em Santos e com o apoio e colaboração dos servidores e pacientes da rede municipal para revertermos esse quadro de descaso.

8) Quais as suas propostas para a área da mobilidade urbana?
Em questão de Mobilidade Urbana, não adianta ficarmos esperando a "boa vontade" do governo do Estado.
Enquanto Serra e Alckmin ficam brigando entre a ponte túnel, túnel ponte e o VLT prometido há décadas não sai, é preciso fazermos algo em nível municipal.
Um estudo para implantação de vias de transporte aquático na região é uma possibilidade real que eu defendo.
Além disso, a fiscalização e regulamentação das tarifas de ônibus bem como dos itinerários e a qualidade dos veículos são algumas ações que podem contribuir significativamente para a melhoria da mobilidade urbana, se aplicadas.
Defenderei também volta dos cobradores nos ônibus por entender que essa ação, além de devolver a estes trabalhadores os empregos usurpados, também garantirá mais segurança para os passageiros e para todo o trânsito da cidade além de melhores condições de trabalho para os motoristas que serão desobrigados de acumular mais essa função ao já desgastante e estressante trabalho que executam.         
As ciclovias são outra excelente alternativa, especialmente para um município plano como Santos, mas não adianta só ampliá-las, elas precisam ser reformadas, pois os projetos implementados na cidade até hoje, na minha opinião, tem sido de cunho meramente eleitoreiros. Só quem usa as ciclovias diariamente conhece os diversos problemas apresentados por elas. Desníveis, alagamentos, estreitamentos e curvas inadequadas, sinalização de trânsito e publicidade atrapalhando e até colocando em risco a integridade física dos ciclistas em algumas delas, etc.
Trabalharei ainda pela implantação do serviço público de empréstimo de bicicletas para os cidadãos promovendo melhorias ambientais e oferecendo uma alternativa de transporte bem mais barato e saudável.
Algumas pessoas defendem que isso no Brasil não daria certo. Na minha opinião isso é puro preconceito. Basta que no Projeto de Lei Municipal se incluam métodos de controle do empréstimo como, por exemplo, a existência de um cadastro contendo todos os dados do cidadão: cpf, rg, comprovante de residência, etc.
Além disso, outra idéia que pode ser aplicada para manter o controle é que se criem pontos de empréstimos nas interligações entre as ciclovias e que as bicicletas para uso em cada ciclovia tenham cores vivas e diferenciadas. Deste modo, se uma bicicleta que deveria estar circulando na ciclovia da praia, por exemplo, for observada circulando em qualquer outra ciclovia, chamará a atenção e a Guarda Municipal e creio que até mesmo a Polícia Militar poderão intervir.
A implantação de rastreadores via satélite também pode ser estudada. Hoje em dia o custo desta tecnologia é bem acessível, embora, pessoalmente eu não acredite haver esta necessidade. É questão de promover debates com a população, com as autoridades de segurança pública e desenvolver um projeto que atenda às necessidades e expectativas da população.
Possuo ainda uma proposta extremamente simples e inovadora. A instalação de teleféricos públicos e gratuitos em todos os morros. São obras que tem custos extremamente baixos, são seguras e eficientes. Só será necessário antes, contudo, um estudo prévio e bem elaborado de implantação por que o único problema dos teleféricos são os ventos.  
                                                                                 
9) Quais as suas propostas para o setor cultural?
Alguns candidatos relegam a questão cultural a segundo plano.

Gostaria de deixar bem claro que acredito que a Cultura é um elemento fundamental para a plenitude humana de cada indivíduo e agente direto de construção de uma sociedade livre, democrática e feliz.                                                                          
Santos precisa sair da estagnação cultural reativando espaços culturais já existentes e criando novos.
A cidade cresce constantemente e nos últimos anos houve uma aceleração muito grande neste crescimento sem que a criação de novos espaços culturais a acompanhasse.
A cidade que já foi a Capital Internacional do HardCore (sub-estilo do rock and roll) não dispõe, por exemplo, de espaço suficiente para as bandas da região.
Falta espaço ainda para os grupos de teatro, dança, orquestras e todos os demais.
Santos tem bandas de rock excelentes e reconhecidíssimas em todo o exterior como é o caso da “Schizophrenia”, “ShadowSide”, do “White Frogs”, do “Garagge Fuzz” e tantas outras. Mesmo assim, a maioria dos cidadãos conhece apenas o “Charlie Brown Jr”.
Não podemos esquecer dos excelentes grupos teatrais como por exemplo a “Trupe Olho da Rua” que desenvolve um trabalho maravilhoso pela região, dentre tantos outros grupos musicais, de dança e teatro que possuímos.

É dever do município promover seus artistas e atualmente, enquanto os mesmos padecem ficando renegados ao “underground”, o Teatro Municipal permanece esquecido, sem receber investimentos adequados, sem divulgação, a concha acústica, nosso coreto do mar, subutilizada devido a uma determinação do ministério público que poderia ser facilmente contornada com a construção de uma proteção acústica ao redor do espaço. 
É inegável que os últimos governos que investiram de verdade na cultura nesta cidade foram os do PT.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            
Se eleito me dedicarei para a implantação de um conservatório municipal em Santos, pela ampliação dos espaços, facilitação do processo de solicitação e reserva dos mesmos para realização de eventos, pelo incentivo e promoção dos grupos teatrais, musicais, de dança, e todos os demais resgatando do “underground” todo o potencial artístico e cultural que essa cidade sempre teve e continua tendo.

10) Quais as suas propostas para o setor habitacional, que sofre tanto com o déficit, quanto com os cortiços?
Penso ser inadmissível que uma cidade com o orçamento de Santos, com o volume de riquezas que passa por aqui e que fica por aqui todos os dias, continuem existindo famílias vivendo nos cortiços, nos porões do centro da cidade ou até mesmo nos diques.

Contando com o apoio dos diversos programas do Governo Federal como o “Minha Casa Minha Vida”, o  “Morar Melhor”, até mesmo o “Brasil Carinhoso” e outros já a disposição dos municípios, Santos tem condições plenas de reverter essa triste realidade habitacional e de miséria da população.
Além disso, o município precisa aproveitar melhor a área continental. Mesmo ela sendo composta 90% por áreas de preservação, os 10% que sobram precisam de investimentos em infra-estrutura e habitação e tenho certeza que recebendo estes investimentos, está é uma excelente alternativa para tirar estas famílias das péssimas e insalubres condições habitacionais as quais estão sendo obrigados a se sujeitar.
Não descarto a defesa e reimplantação do já bem sucedido projeto de mutirões como aqueles realizados no governo Telma.

Outro ponto que acredito ser fundamental para solucionar este problema é o combate à especulação imobiliária na cidade e em toda a região que é uma tarefa política e cabe aos vereadores em conjunto com os secretários municipais e com o prefeito tomarem iniciativas e adotarem medidas para combatê-la.

Santos tem que voltar a ser uma cidade de todos!


11) Como será sua relação com o executivo, caso seja eleito?
A relação que todo vereador deveria ter com o executivo. De fiscalização e cobrança, independente de quem seja o executivo, independente de partidos políticos.
Este é, aliás, um dos maiores deveres do vereador.

12) Que atitude você proporá para resolver a questão da drogadição na nossa cidade,que até o momento tem sido tratada apenas no âmbito da repressão,da segurança pública?
Na minha opinião, a toxicodependência não possui nenhuma solução simples, miraculosa, a curto prazo. Penso que é preciso ser bem realista e pé no chão por que o que está em jogo na administração pública são vidas humanas e toda a estrutura social em que vivemos.

A solução para este grave problema depende de ações integradas de combate ao tráfico de drogas no município e região associadas com políticas de saúde pública que devem incluir, dentre outras, ações de prevenção ao uso e a oferta do tratamento de desintoxicação, políticas de educação, políticas para cultura e esportes também devem ser integradas e direcionadas de modo a servirem como ferramentas de prevenção e combate.
Não é possível, no entanto e ao mesmo tempo permitir que a questão continue sendo tratado no âmbito da repressão. Para mudar essa realidade, devemos trabalhar em conjunto com a sociedade para que haja uma mudança de comportamento, uma mudança cultural de toda a comunidade santista e para que as pessoas comecem a compreender que ser usuário de drogas é estar doente.
Não importam quais são os motivos que levaram a pessoa a usar as drogas, não importa se o usuário vem de família rica ou pobre, somos todos seres humanos suscetíveis a erros e é dever da sociedade amparar estes cidadãos. Ou vamos começar a fazer como os homens tribais e assassinar nossos pais e avós por que são muito velhos para contribuir diretamente na sociedade? Faço essa colocação para tentar dar a noção exata do quão bárbara é a idéia de abandonar os usuários de drogas ou mesmo criminalizá-los.
Usuário precisa de tratamento médico e é óbvio que enquanto viciado, a maioria vai recusar esse tratamento. Afinal, esse é um sintoma do doença do vício.
Vou dar um exemplo em formado de dinâmica (quem achar chato pode pular pra próxima questão!)

Qual fumante já não tentou largar o cigarro? Quais foram os sintomas sentidos? Eu sei por que sou ex-fumante duas vezes! Fumei por 15 anos em média mais de um maço de cigarros por dia. A primeira vez fiquei um ano sem fumar e só eu e quem também já passou por isso sabe o quanto sofrido é o período de abstinência e o quanto a nossa mente luta pra se enganar e se auto-convencer a fumar só um cigarrinho. Uma verdadeira loucura, um problema psiquiátrico sim, uma doença, problema de saúde pública. E aí, fumou só um cigarrinho, pronto... Ativarem-se novamente todas as células receptoras dos componentes do cigarro que liberam diversas substâncias prazerosas na corrente sanguínea e aí já era. Tem que começar tudo de novo. Parei novamente agora com a notícia da gravidez de minha esposa e estou decidido a não voltar. Tenho ido bem, agora, se vou conseguir pra sempre, não sei. Espero que sim.

Eu fiz toda essa colocação anterior sobre o cigarro para questionar ao leitor:
  1. Você relutou com o questionamento feito por mim a respeito de qual fumante já não tentou largar o vício?
  2. Você fuma cigarros, mas não se considera ou já não se considerou alguma vez, enquanto fumante, um viciado?
  3. Você que não fuma ou mesmo que fumava e parou acha que só força de vontade basta para todo o fumante para que ele consiga parar?
  4. Você que fuma acredita que para quando quiser?
  5. Você que não fuma ou que parou na primeira tentativa, acha que foi “sem vergonhice” minha ter voltado depois da primeira vez que parei?
     
As respostas às perguntas que fiz quase sempre são preconceituosas ou equivocadas.

Todo mundo que começa a usar qualquer droga pensa a respeito de parar quase sempre no primeiro ano. Ainda que esse pensamento seja rápido. Faça uma análise íntima, bem honesta e sem hipocrisias consigo mesmo que lembrará que já pensou a respeito.
Muitos usuários de drogas, senão a maioria, não admitem ser viciados. Às vezes nem pra si mesmos.
Quem não usa nem nunca usou nenhum tipo de drogas ou quem já usou e conseguiu largar o vício com mais facilidade, trata com desdém os usuários, de modo incompreensível em relação ao seu sofrimento íntimo e sua luta interna. Cada indivíduo, biologicamente e psicologicamente funciona diferente do outro. Não são áreas exatas como a matemática por exemplo. O que serve para um pode não servir para o outro.
Em especial no início do vício, mas em outros estágios também, o usuário de qualquer tipo de droga acredita que tem controle pleno sobre a situação (que nem considera um vício) e que se parar o uso de súbito, não enfrentará nenhuma abstinência. A verdade é que esse ou aquele sintoma da abstinência podem se apresentar mais fortes a uns do que a outros e uns podem ser mais resistentes a estes traumas enquanto outros mais sensíveis.
Uma vez que se largue qualquer tipo de droga, mesmo após todo o sofrimento coma abstinência, uma recaída é sempre clinicamente possível. Não julgamos quando alguém com uma pneumonia está melhorando e de repente apresenta uma piora, muitas vezes inexplicável. As mesmas recaídas podem ocorrer com a doença do vício.
É esse tipo de ação, essa mudança cultural, de visão da população sobre as drogas e da reação de toda a sociedade, em especial em relação aos usuários, que irei promover através das políticas públicas.

13) Com a descoberta do pré-sal, muitos se animaram com os futuros investimentos e melhorias na cidade, enquanto muitos outros são mais reticentes, dizendo que isso acentuará as diferenças sociais e nossos atuais problemas de locomoção.Como você se posiciona diante dessa questão?

São resultados de dois caminhos distintos. Ambos podem acontecer, depende apenas do caminho que escolhermos.
Santos precisa eleger representantes dispostos a se empenhar para que venha o progresso, os investimentos e as melhorias, não só para a cidade, mas para toda a região, para o estado e para o Brasil!
Não há dúvidas de que o povo não suporta mais as diferenças, os abismos sociais, assim como não suporta mais ser obrigada a se exilar de sua cidade devido à especulação imobiliária e enfrentar problemas de mobilidade, problemas na saúde, segurança e educação pública, tudo reflexo de um crescimento, que já é reflexo do pré-sal. Crescimento este que foi ignorado pela atual administração e aconteceu sem planejamento.
Para que consigamos trazer este progresso desejado, não só Santos, mas toda a região precisa de um planejamento e olha que já estamos atrasados neste quesito!

Precisamos trabalhar para a criação de políticas públicas que assegurem a instalação das empresas necessárias. Não só as relacionadas diretamente com a extração do pré-sal, mas também as de suporte e serviços a estas operações.

Além disso, precisaremos nos empenhar no sentido de que a mão de obra daqui da nossa região seja valorizada e integrada neste processo de crescimento. Não podemos admitir que se importe mão de obra sendo que temos profissionais aqui mesmo na Baixada esperando há décadas por essas oportunidades que não são só de emprego, mas de especialização e desenvolvimento profissional e pessoal.

14) Como você pretende equacionar o desenvolvimento habitacional e ambiental, ao passo que temos cada vez mais edifícios megalomaníacos, que além de afastar muitos santistas de sua cidade de origem, impedem a passagem da conhecida brisa, típica de uma cidade litorânea?
Esse é um dos pontos chaves para o desenvolvimento com qualidade de toda a nossa região.
A questão destas construções impacta em diversos pontos que precisam ser expostos.  Vou abordar cada um deles...
Em primeiro é importante que se esclareça a população que a autorização para construção das torres, que leva ao processo de verticalização da cidade, vem dos vereadores, através da aprovação do Plano Diretor do município.

Infelizmente, quem iniciar a próxima legislatura, terá que lidar com um Plano Diretor já aprovado para os próximos anos e as construções que ali estiverem autorizadas, dificilmente poderão ser impedidas de serem realizadas.

No entanto, caberá aos vereadores eleitos para a próxima legislatura impedir que mais destas absurdas construções sejam autorizadas no próximo Plano Diretor. Só se conseguirá isto com vereadores sem “rabo preso” com os grandes empresários do ramo imobiliário e com suas empreiteiras e digo mais, se Santos não reverter este problema, a cidade estará fatalmente condenada ao caos absoluto.
Vou bater novamente na tecla da falta de planejamento desta cidade para dizer que ao mesmo tempo em que autorizam estas construções imensas e de altíssimo padrão, os legisladores tem esquecido de priorizar a construção de empreendimentos de moradias acessíveis a maior parcela da população santista. Esse fato acarreta no terrível exílio dos trabalhadores deste município para as cidades vizinhas que, por sua vez, despreparadas para receber esses exilados, acabam sofrendo com problemas de mobilidade urbana, segurança pública, saúde, educação, abastecimento, etc..
É um bizarro e tétrico caos em cascata este que já enfrentamos.
Afinal, qual é o professor, enfermeiro, técnico de qualquer área, psicólogo, trabalhador portuário, segurança, policial, agente de trânsito, dentre diversos outros trabalhadores que possuem condições de, com seus salários, arcar com as despesas de aluguel, IPTU e condomínio nos absurdos valores que estão sendo praticados em nossa cidade?
Como só se constroem torres de luxo, falta moradia para os menos abastados, dai vem a aplicação básica da lei de oferta e demanda.
Faltam imóveis comuns desocupados, os proprietários dos poucos ainda disponíveis para locação ou venda, então, jogam os preços de venda e de aluguel lá no alto de tal modo que tornam-se impraticáveis para a maioria dos trabalhadores assalariados.
Sem contar que Santos não foi preparada para receber esse número de habitantes que tem migrado da capital e do exterior para cá. Este é o motivo do caos que todos já estão percebendo que se inicia no trânsito, na saúde, educação, segurança, a falta de espaços culturais para atender a demanda, etc.

Já recebi inclusive diversas denúncias de engenheiros que afirmam que as estacas destas obras não estão dentro dos padrões de tamanho necessário para atingir a rocha que se encontra abaixo do terreno arenoso de Santos. Desta forma, essas obras entortarão como tantas outras até o ponto em que estas estacas se assentem sobre as rochas. Até lá, poderemos presenciar tristes desastres que poderão comprometer vidas humanas. Denúncias desta importância precisam no mínimo ser apuradas e obviamente existem ainda as questões ambientais e urbano paisagísticas. 
A solução para estes problemas, na minha opinião,  não pode passar sem a consideração do aproveitamento dos 10% da área continental de nossa cidade que não são consideradas área de proteção ambiental para auxiliar no desafogamento da área insular. Fator que deve trazer progresso para essa parte de Santos que sempre foi muito esquecida e apenas recentemente passou a receber atenção de alguns vereadores e outros políticos.
Para tanto podemos contar com os fundos dos programas do Governo Federal, promover a construção de moradias populares, trabalhar pelo retorno dos santistas exilados à sua terra, legislar sobre o limite de altura das torres e sincronizar a ampliação do número de residências e consequente aumento populacional com as outras obras de base que precisam ser realizadas para que Santos possa suportar adequadamente, com dignidade e qualidade de vida a sua população.

15) Pontos de alagamento, principalmente na Avenida Nossa Senhora de Fátima são problemas históricos da cidade.Como solucioná-los?
Não faço a menor idéia!
E me sinto muito a vontade em dizer isso com toda a franqueza afinal, não tenho o mínimo conhecimento de Engenharia Hidráulica.
No entanto, carrego a absoluta certeza que a solução para os constantes alagamentos, não só na Nossa Senhora de Fátima, mas também como os da Zona Noroeste, em especial os ocasionados pelos constantes transbordos do canal da Av. Hugo Maia e ainda os menos freqüentes, mas nem por isso menos caóticos ou prejudiciais,  alagamentos que ocorrem em dias de chuva por toda a cidade, não será encontrada sem que haja a promoção de um  estudo hidráulico muito bem realizado e a elaboração e aprovação de um Plano Diretor de Drenagem Urbana para Santos.
Como legislador, se eleito, terei como meta, desde os primeiros dias de mandato conquistar a realização deste estudo e o desenvolvimento deste Plano Diretor. Afinal de contas, os alagamentos não trazem só aborrecimentos a toda a população. Causam problemas sérios de saúde pública, riscos para vidas humanas além de grandes prejuízos financeiros para a cidade.

16) De acordo com um estudo da Câmara Temática de Assistência e Desenvolvimento Social do Condesb, em matéria publicada no Jornal Metro de 28/06/2012, 54% dos moradores de rua são da própria Baixada Santista.Como equacionar essa questão, quais as suas futuras proposições no que se refere à políticas sociais?
Lembro bem deste estudo!

Trata-se de uma triste realidade que na minha opinião precisa ser combatida em nível regional, em toda a Baixada Santista.

Carrego comigo absoluta certeza de que esta questão depende de ação conjunta de todas as prefeituras, mas considero que Santos deva assumir uma postura de liderança nesta luta.

O referido estudo aponta para o vício em álcool e drogas como a maior causa desta situação.
O combate a este terrível mal é obrigação do poder público! A promoção de reuniões de Alcoólicos e Narcóticos anônimos é dever do poder público e espaço para isso não falta em nossa cidade.

Entra aí também o papel perdido e que precisa ser resgatado das policlínicas.
O combate ao tráfico obviamente também tem que ser levado bem mais a sério! As pessoas sabem onde estão os traficantes. O poder público também sabe. Por que não o combate então?

A Guarda Municipal e mesmo a Polícia Militar adoram mostrar autoridade e força bruta pra cima dos usuários. Usuário não é bandido! Usuário é a vitima direta, em primeiro grau, dos bandidos! Usuário precisa de TRATAMENTO e o fornecimento desse tratamento é dever também do poder público.

Os albergues municipais para moradores de rua devem passar de medida meramente paliativa a serem compreendidos e atuar como centros de reintegração destas pessoas à sociedade. Precisamos profissionalizar, devolver a vida e a dignidade a estes seres humanos que em sua quase que totalidade, são vítimas dos anos passados de descaso público.

17) Quais as suas propostas para o setor de segurança pública?
Eu estaria sendo hipócrita se dissesse que sou a favor do desarmamento de nossa Guarda Municipal/Metropolitana.

No entanto, sou contra o uso de armas letais por essa força auxiliar de segurança pública.

Investimentos em treinamento físico e psicológico para estes profissionais é fundamental para que consigam exercer suas tarefas, com a utilização de alternativas não letais e sem que acabem por cometer qualquer tipo de abuso ou excesso.

Esse tipo de investimento, inclusive, promove uma maior cordialidade destes profissionais para com a população o que é realmente muito positivo e ajuda na qualidade de vida.

Caso ocorra novamente, como nesse último verão na Baixada, outro ponto no qual não vou parar de cobrar do executivo municipal e de me esforçar, até mesmo na qualidade de cidadão, para veicular para toda a população são os riscos aos quais o governador do estado de São Paulo nos submeteu com o corte no envio do contingente militar para a Baixada na temporada. Na qualidade de vereador, se eleito, não cabe a mim fazer esta cobrança ao executivo estadual (exceto na qualidade de cidadão comum), mas cabe ao prefeito eleito e aí sim, por sua vez, cabe aos vereadores cobrarem a atitude do prefeito frente ao Governo  do Estado.

18) Ao menos na minha opinião, a Arena Santos é subaproveitada.Dê sua opinião, além de dizer suas propostas para o esporte.
Na sua, na minha e acredito que na de todos os santistas, em especial os que estão ligados nesse assunto e sabem que aquela mega construção, de primeiro mundo, que custou mais de R$17 milhões aos cofres públicos passa mais tempo ocioso do que com atividades e não oferece aos cidadãos, em especial aos jovens, nenhuma formação esportiva.

Para aquele espaço, devemos debater com a população no intuito de identificar as necessidades e os projetos voltados ao desenvolvimento esportivo que poderiam ser realizados nas instalações.
A Arena Santos é uma carta em branco! Podemos trabalhar para aproveitar aquele espaço da maneira como a população desejar e necessitar!
Os demais compromissos que eu assumo em relação ao esporte é o de ouvir em especial a juventude e trabalhar para ampliar os espaços para a prática esportiva, no incentivo a esta prática e em projetos para a formação de atletas.
Acredito na necessidade de mais investimentos em especial para os esportes marítimos e os de rua em nossa cidade.

Cabe ressaltar que de um modo geral a questão sobre esporte e cultura estão intimamente vinculadas com minhas propostas para a educação. (Questionamento 6)

19) Mais uma vez agradeço a entrevista, e deixo aberto o espaço para você deixar sua mensagem final à população santista.
Bom, gostaria de agradecer e parabenizar primeiramente a você pelo espaço aberto por esta excelente iniciativa.
Candidato a vereador não tem muito tempo de TV, não participa de nenhum debate específico e às vezes não tem espaço para divulgar suas propostas, mesmo sendo um cargo tão importante a ser ocupado.
É fundamental que os eleitores tenham a oportunidade de conhecer a proposta de todos, avaliar e tomarem suas decisões nas urnas muito conscientes dela.
Agradeço ao cidadão santista pela atenção e pela confiança depositada em mim assegurando que, acima de tudo, se eleito, meu mandato será para vocês e com vocês!
Quem desejar me acompanhar mais de perto pode fazê-lo através do meu perfil pessoal do Facebook e através do meu site.