sexta-feira, 29 de junho de 2012

Gosto e Demonstro.


Escrevo esse "post" não só pela rinite, que inevitavelmente me deixa mais "manhoso", mas pela banalização dos sentimentos.

Quando gosto de alguém, pego na mão, abraço forte mesmo, beijo, quero por perto.

Segundo as regras de etiqueta tais atitudes são erros gravíssimos, mas pouco me importo, afinal se chique é quem abusa da impessoalidade, tem medo de demonstrar seus sentimentos, continuarei rasgando as regras de etiqueta em um milhão de pedaços.

Jamais gostarei das minhas amigas como gosto da minha namorada,ou dela como gosto da minha mãe e meus avós, ou seja, muda a forma, não a intensidade.

Essa é a maneira que escolhi viver, gosto, logo demonstro, afinal não sei quando terei outra oportunidade de fazê-lo, e jamais quero ser descrito como aquele que gosta, mas tem dificuldades de demonstrar, isso é balela, afinal quem gosta, deixa isso estampado no rosto.

Não citarei cada uma das pessoas a quem esse "post" é dedicado, mas para você que já experimentou a maioria das minhas atitudes descritas acima, ou que eu "perturbo" por não nos vermos há tempos, sintam-se mencionadas.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Nova Onda do Metal Santista - Anibal Pontes


A entrevista de hoje, nessa seção do blog, é com um dos guitarristas do quinteto santista Rygel, que esse ano lançou Imminent, seu terceiro cd, e como os demais entrevistados,foi muito solícito ao responder as perguntas.


1)    Anibal,conte-nos um pouco sobre como e quando a banda foi formada e a origem do nome Rygel?

A Rygel foi formada em meados de 2000 pelo Wanderson e Vagner quando estudavam juntos no colegial, chamava SweetSilence mas depois perceberam que o SS poderia soar como algo Nazista, foi ai que resolveram trocar o nome para Rygel, cuja ideia foi do Vagner.


2)    Quais são as suas principais influências?

Minha principal influencia é o Dimebag do Pantera, lembro bem a primeira vez que ouvi Pantera todo mundo estava naquela fase metal melódico,  Angra e Stratovarius estavam no topo, quando um amigo meu (Rafael Peres) veio com o Cowboys from Hell e disse:
 - Você precisa ouvir isso aqui!
Foi um choque de tudo que eu conhecia na época, Dimebag era um monstro na guitarra. Mas gosto muito de Kotzen, Vai, Malmsteen e Zakk Wylde. Provavelmente essas são minha influências.


3)    O que o motivou a ingressar no mundo da música?

Eu tinha uns 9 anos quando descobri a coleção de cds do meu pai, tinha: Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin, Iron Maiden, Uriah Heep, Jetthro Tull... Só bandas com guitarristas históricos e o meu pai toca guitarra e violão, então comecei a ficar curioso como tocar o que todos esses caras tocavam e começou tudo. Hehe.


4)    Além da guitarra, você sabe tocar outro instrumento?

Com o tempo e experiência você vai aprendendo a arranhar outros instrumentos, mas tocar propriamente acredito que consigo me virar com baixo e teclados. Bateria eu sou uma negação, mas curto muito. Hahahaha.


5)    Qual a maior dificuldade em ser músico no Brasil?E em Santos?

São tantas as dificuldades, aqui no Brasil temos um país que não investe em cultura e musica nos colégios, instrumentos mega-faturados por impostos absurdos, falta de interesse do mercado etc... é muito difícil fazer música no Brasil, principalmente Metal. Por isso quem faz pode ter certeza que é por amor mesmo. Agora Santos está saindo da “época negra”, antes não tinham casas, promotores e ajuda, vendo essa deficiência a galera mais oldschool se juntou e montou a Ordem dos Headbangers com o intuito de unir todos os movimentos, bandas, promotores para fazer que a cena de Santos seja a mais forte do Brasil! Eu acredito muito neles.


6)    Quais as grandes diferenças que você enxerga entre os CDs da banda?

Acho que a grande diferença é a maturidade da banda e experiências, além de tocarmos juntos, já somos amigos de longa data e já tocamos em outras bandas da cena. Isso serviu como fonte de experiência para a banda criando a personalidade que se ouve no som, no Realities ainda estávamos nos encontrando, mas no Imminent isso está bem mais explícito.


7)    Como você avalia a cena (rock/metal) no país?

Se você olhar para o lado das bandas que tem aparecido é uma das melhores cenas do mundo. No Brasil temos milhares de bandas animais, agora se formos olhar pelo lado da produção dos shows, acredito que esteja melhorando um pouco, mas ainda não é o ideal, tem muito que mudar tanto na mentalidade do público, quanto dos organizadores.


8)    Cite cinco riffs que gostaria de ter criado.

- Cowboys from hell (Pantera)
- Smoke on the water (Deep Purple)
- Black Sabbath (Black Sabbath)
- Perry Mason (Ozzy)
- Damn that River (Alice in Chains)


9)    Quais álbuns foram os responsáveis por você optar pelo metal?

Led Zeppellin 4, Sabbath Bloody Sabbath e o Battle Rages On do Purple


10) Qual a importância das redes sociais e da internet para o trabalho de vocês?

É vital para qualquer banda hoje em dia,você precisa estar em contato com os seus fãs, e precisa angariar novos fãs, e nas redes sociais é aonde você vai conseguir isso facilmente e de graça! A Internet não acabou com a indústria musical só mudou o jeito como as coisas funcionavam, hoje em dia temos bandas que optaram por não ter a versão física do cd e disponibilizar ele totalmente de graça na rede, e estão atingindo muito mais pessoas do que se tivessem prensado cópias do cd e tentado distribuir. É mais uma ferramenta para ser trabalhado no meu ponto de vista.


11) A quantas anda a turnê de divulgação do novo álbum, e como tem sido sua repercussão?
O álbum ainda é muito recente só tem 3 meses desde o lançamento, estamos começando a ver as resenhas agora e estamos muito felizes com os resultados, além do sucesso do clipe que foi muito bem aceito pela mídia sendo veiculado na RedeTV, MTV e outros canais. Além disso já temos bastante shows marcados e outros para confirmar em breve. Vamos disponibilizar a agenda da banda no site, mas tudo está sendo bem positivo.


12)  Você crê que as letras sempre politizadas, retratando temas do nosso cotidiano são as responsáveis pelo interesse despertado pela banda, num estilo que por vezes parece tão saturado?

Acredito que a letra seja um dos fatores para isso, mas não o principal. Existem várias bandas que continuam conceituais e temáticas e também tem sucesso no trabalho deles. Nossa opção por falar do cotidiano é por todos da banda termos essa postura de indignação com o que estamos vivendo dia a dia no Brasil e no mundo, logo isso reflete nas letras e nas músicas, o Realities já estava transparecendo isso, acredito que foi natural para o Imminent.


13)  Como você definiria o recém-lançado Imminent?

O lema na gravação era Energia, Peso e Brutalidade, estou bastante satisfeito com o resultado que alcançamos.hahaha.


14)  Qual a sua opinião sobre os fãs xiitas, que prefiro definir como alienados, que ao mesmo tempo que são vítimas de preconceito por terem escolhido esse estilo musical, como eu e você, disseminam preconceito na rede e em qualquer lugar?

Eu acredito que somos livres pra fazer o que bem entendermos, se o cara quer ouvir pagode, rap, funk, sertanejo. . . Vai fundo! Portanto que não me incomode, pra mim já foi o tempo que eu tentaria mudar a cabeça de todas as pessoas para ouvir Metal/Rock. Quem ouve é porque realmente gosta e estamos aí incomodando quer queira quer não!


15)  Qual a importância da ordem cultural headbanger,e em que patamar podemos chegar, com o suporte desse pessoal, na sua opinião?

A Ordem só veio pra somar, é importante as pessoas entenderem isso. O pessoal faz porque ama mesmo, não tem fins lucrativos e isso já esta dando frutos. Podemos ver as bandas muito mais unidas trabalhando juntas pelos eventos, correndo atrás, logo teremos mais surpresas da ordem e das boas!


16) Mais uma vez agradeço a entrevista e agora, deixe um recado para os fãs, e conte-nos sobre os próximos passos da banda.
Obrigado pela força, fiquem ligados na Rygel que esse ano de 2012 promete, vamos vir com tudo! Abraço a todos e não se esqueçam de ficarem ligados nas redes sociais da banda, que mostrarão muitas coisas boas.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pena capital e a hipocrisia.


Tem movimentado as redes sociais a campanha para mudança de pena de morte para prisão perpétua do brasileiro Marco Archer, preso na Indonésia em 2003 por tráfico de drogas(cerca de 13 kg de cocaína).

Como ser humano e assistente social em construção sou contrário a essa pena em qualquer lugar do mundo, já que caso sua eficiência fosse tão notável, como propagada por alguns, a China e os Estados Unidos seriam os países mais pacíficos que temos notícia.

Não estou dizendo que "o inferno são os outros", por isso pouco me importo com a vida do rapaz, mas me assombra a quantidade de clamores individuais, em detrimento de uma campanha maciça pela inadiável reestruturação do sistema carcerário, por exemplo.

Fosse ele um suburbano, afrodescendente, o enfoque da cobertura desse caso seria completamente diferente, não me restam dúvidas.

O cúmulo da arrogância.


Pessoas arrogantes são cheias de si, subestimam os outros, se acham intocáveis, ou seja, um tipo insuportável.

Essa parte de subestimar se manifesta num olhar, ou com as palavras, afinal eles pensam que seus comentários são fundamentais a todo instante, mesmo que carregados de pessimismo e senso comum.

Não direi como alguns, que sinto pena dessas pessoas, mas faço melhor, afastando-me ao máximo, para não ser contaminado com suas visões acinzentadas da sociedade.

Neymar e a polêmica meia-boca.


Tem causado grande alvoroço na torcida santista as declarações de Neymar e Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, que afirmaram torcerem para o Corinthians na final da Libertadores.

Sejamos francos, o que eles fizeram foi diplomacia, a popular média.

Afinal, quantos corintianos que vocês conhecem torceram para o São Paulo na conquista do tri Mundial, quantos palmeirenses torceram para o Santos na conquista do tri da Libertadores,etc?

Há uma clara diferença entre o que se diz diante das câmeras, e as atitudes em casa.

Pior do que isso, foi a atitude de Neymar e seu empresário "celebrarem" num bar paulistano madrugada afora após a eliminação.

Como não preciso esconder meu lado torcedor, que o único representante brasileiro, do meu estado, na final do torneio sul-americano mais importante, se lasque nos dois jogos da decisão.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ser pai é...


Sentimento curioso esse, de sentir falta de quem nunca tivemos, nunca teve curiosidade de saber da nossa existência,etc.

Nesse contexto, faz todo sentido a afirmação de que mais doloroso que o ódio é a indiferença.

Quebro o protocolo, falando da minha intimidade, coisa que detesto fazer indiscriminadamente, mesmo participando das principais redes sociais, não por compaixão de qualquer um de vocês, mas apenas como uma forma de mandar certos sentimentos para longe.

Roupas de marca, brinquedos altamente tecnológicos ou viagens constantes à Disney, não posso prometer nada disso, mas nunca faltarei com os meus filhos, independente da situação.

Carinho, amor, compreensão, transmissão de conhecimentos serão regras, não exceção.

Que fique claro que é um passo, imprescindível de acordo com a lei, mas pensão nenhuma substitui o citado acima.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tributos Musicais.


Tem causado muita polêmica o recente show de Dado e Bonfá, os integrantes remanescentes da Legião Urbana, que convidaram o ator Wagner Moura para interpretar os grandes clássicos da banda,em show televisionado e casa cheia.

A já citada polêmica é que o ator desafinou em vários momentos, tirando toda a essência das canções, e a crítica musical, tal qual alguns fãs não pouparam críticas à apresentação, o que suscitou reações adversas,com várias pessoas dizendo que na falta de técnica, Moura cantou com a alma.

Como todo fã, já cantei no banheiro, na festa de aniversário e no rodízio de pizza, entretanto nunca permiti que gravassem no celular e sequer colocassem no youtube, que dirá permitir transmitirem o meu lazer para todo o país.

Para não me estender, qualquer pessoa tem direito de cantar as músicas de sua banda preferida, e desafinar a vontade, mas a partir do momento que o ingresso custa R$ 200,00 e cerca de sete mil pessoas os compram, o que se exige é profissionalismo do começo ao fim, não um karaokê coletivo, como citado em um sítio qualquer.

Outra questão que merece nossa consideração, e já é antiga, é a questão de homenagens póstumas, assim como a citada acima, ou você vai me dizer que já não lhe encheu a paciência o tanto de "cd's remasterizados" e "faixas nunca antes lançadas" do saudoso Ronnie James Dio?

Homenagens são compreensíveis, ainda mais quando se trata de artistas desse quilate, guardadas as devidas proporções e estilos musicais, mas essa tática caça-níqueis, com gravações em 99% dos casos horrendas, é além de um atentado aos tímpanos, uma ofensa ao legado do artista, já que muitas vezes pessoas que nunca tiveram qualquer tipo de relação com ele, conseguem capitalizar a olhos nus em cima de sua imagem.

Além de todos esses argumentos, o dinheiro perdido com tais re-re-regravações poderia ser bem melhor utilizado comprando um cd daquela banda nacional, ou indo aquele show da banda interessante da sua cidade, que por enquanto você só ouviu no myspace.

Wagner Moura no Legião Urbana, Adam Lambert no Queen...

Dia desses Lady Gaga foi fotografada tirando fotos com todos os integrantes do Iron Maiden, e Hilary Duff flagrada com a camisa da já referida banda.

Quer argumento melhor para acabar com esse ciclo improdutivo?

Keep On Rocking!

O melhor time sul-americano titubeou...


Ontem o que se viu na Vila Belmiro, foi um mandante apático, abusando de toques laterais improdutivos e chutões, e mesmo que tivéssemos mais noventa minutos de jogo, o gol não sairia, justiça seja feita a Cássio, que apesar da inexperiência,fechou o gol.

Logo no início,o que vi me preocupou, já que o Santos como mandante, simplesmente se deixou envolver pelo time bastante inferior tecnicamente do Corinthians,e o que eu temia se confirmou, foi um equívoco incalculável a escalação de Ganso, que claramente não teve o tempo necessário de recuperação e nada produziu.

Houve uma melhora substancial no segundo tempo, com claras chances de gol, mas o que aconteceu aos 37 minutos da segunda etapa foi apenas o reflexo do time em campo, apagado, sem o brilho característico.

Outro ponto a ser ressaltado é o banco de reservas santistas, pois é notória a qualidade dos onze jogadores em campo, mas quando precisam ser substituídos, o time entra literalmente em apuros, e ontem não foi diferente, já que com exceção de Borges, artilheiro do último Campeonato Brasileiro, Dimba e Felipe Anderson ainda não tem preparo psicológico e mesmo certas manhas, para um campeonato dificílimo como a Libertadores.

Apesar do péssimo futebol apresentado, o fato lamentável da noite foi novamente a ação de desocupados, baderneiros travestidos de torcedores, que lançaram copos d'água em campo,além do capacete de um policial.

Esse tipo de atitude só atrapalha o time, que precisa do canto,do apoio, não de atitudes típicas da era medieval.

Reverter esse resultado na próxima quarta é missão das mais difíceis,mas perfeitamente possível, desde que o time assuma sua posição de protagonista do continente, jogando muita bola, sempre ofensivo e com toque de bola inteligente.

terça-feira, 12 de junho de 2012

A Nova Onda do Rock Santista - Marcel Chilli


   


      A seção "A Nova Onda do Rock Santista" hoje entrevistará o guitarrista da banda Moscotron,Marcel Chilli,que respondeu a todas as perguntas de maneira extremamente solícita.

         1)    Marcel, conte-nos um pouco sobre como e quando a banda foi formada e a origem do nome Moscotron?

A banda foi formada em 2009. Tínhamos a Chilli Con Carne Blues Band e resolvemos começar um projeto com músicas próprias. Na época, a coisa esfriou e eu acabei ficando sozinho. Chamei dois amigos e a gente começou o que seria o Moscotron. Quanto ao nome, estávamos eu e o Chico (antigo baixista da banda) tentando lembrar o nome da versão em espanhol de “Flight of the Bumble Bee” que, na verdade, é “El Vuelo Del Moscardón”, quando o Chico lançou um “Vuelo Del Moscotron” . A gente achou engraçado e resolveu batizar provisoriamente o projeto. Hoje o nome já cresceu bem e é “Moscotron Chacal Camelo P Master Ouriço Depilator Catalão Electric Bigods Náufrago Estressado Tong-Po Banguela Pamela Alpha 12 polegada Vesúvio GPS Calcinha”.

         2)    Quais são as suas principais influências?

Nós três temos influência de um monte de coisas, praticamente ouvimos todos os estilos (musicais, claro), tudo tem o bom e o ruim. Mas é notável que o Mosco sofre mais influência do Rock e do Jazz, o chamado Fusion. A gente se inspira muito em bandas como Aquarium Rescue Unit e Tribal Tech.

        3) O que o motivou a ingressar no mundo da música?

Bom, nesse caso, só posso falar por mim e, na verdade, não sei dizer, exatamente. Meus pais sempre ouviram bastante música boa, o que já promove uma certa abertura pra coisa. Quando criança, tive aulas de piano mas, obviamente, não gostava de parar de brincar para ir à aula. Durou pouco. Lembro que tive vontade de tocar guitarra quando vi as matérias sobre o primeiro Rock in Rio, principalmente uma foto do Angus Young com a guitarra. Parecia um super herói e é, na verdade! Mais tarde, comecei a brincar com o violão do meu pai e daí fui pra guitarra. Isso é o que eu me lembro...

         4) Além da guitarra, você sabe tocar algum outro instrumento?

Ah, eu gosto de tocar piano. No CD do Mosco eu gravei uns trompetes, também. Tem uma banda de blues chamada InTheLevel na qual eu toco contrabaixo e já toquei bateria em algumas bandas. Tenho um violino, em casa, mas ainda não aprendi quase nada... O Léo, nosso baixista, começou na guitarra e ainda toca violão e guitarra muito bem. O Jefferson sabe alguma coisa no violão, eu acho.

         5)    Qual a maior dificuldade em ser músico no Brasil?E em Santos?

Cara, acho que depende muito do que você espera da música e do quanto você está disposto a dar por isso. Se você quer viver melhor, ganhar mais, pensar nisso como uma profissão, acho que tem que fazer como os profissionais de outras áreas fazem: estudar, de preferência fazer uma faculdade. Não dá pra reclamar das condições e dos cachês se você não tem a qualificação ideal. Agora, quem tenta fazer arte, mesmo, criar, compor, como é o nosso caso, acredito que o que se espera é que as pessoas conheçam a sua arte, ouçam, sintam o que você quer passar. Nesse caso, a grande dificuldade é aquela velha questão do mercado, da “idiotização” do povo, controle das massas e tal. Fica ainda mais difícil pra quem faz música fora dos moldes convencionais. De qualquer forma, é preciso ter consciência disso e aprender a sentir-se realizado e satisfeito com o simples resultado do seu trabalho. Poder me expressar já me deixa feliz.

         6)    Conte-nos sobre a discografia da banda?

O Moscotron acabou de lançar o primeiro CD, no final de 2011. Foi o registro do que a gente criou em 2009, praticamente. Agora estamos trabalhando nas músicas pro próximo CD.

        7)    Como você avalia a cena rock no país?

Eu não sou um cara muito antenado, não. Na verdade não assisto à TV, não ouço radio, não tenho perfil pessoal nas redes sociais. Tenho uma conta no twitter, mas quase não uso. O que fico sabendo é pelos amigos e hoje a gente tem chance de conhecer muito mais coisas por causa da Internet, obviamente. Vejo várias bandas boas, de Rock, no youtube. Não sei se estão se dando bem, se estão passando por dificuldades, mas a qualidade vem sempre melhorando.

      8) Quais são os cinco shows inesquecíveis que você já foi?

Não fui a muitos shows, mas nesse momento, consigo destacar alguns que me marcaram muito: Paul McCartney, perfeito; BB King, na Farewell Tour, emocionante; Johnny Winter, agora velhinho já, inspirador; e Buddy Guy, sempre divertido. Acho que só lembrei de quatro shows, né? Bom, isso indica que os outros não foram inesquecíveis...

9) Muito difícil! Vou chutar alguns, agora, posso mudar de opinião no minuto seguinte:

The Jimi Hendrix Experience – Axis Bold as Love
Pink Floyd – The Dark Side of the Moon
John Coltrane – A Love Supreme
Pinprick – Pinprick
Chico Buarque – Almanaque

   10) Quais riffs clássicos você gostaria de ter criado?

Nossa, todos! Riff de One Vision, do Queen, eu ficava dublando com a raquete de frescobol, quando criança, sonhando que tocava. Riffs do Hendrix, então, queria ter criado pelo menos unzinho! Riff do Mustaine na segunda parte de Holy Wars...

   11) Qual a importância das redes sociais e da internet para o trabalho de vocês?

As redes sociais são a melhor, talvez a única, maneira de divulgar um trabalho independente, mas nós ainda não aprendemos a utilizar esse meio de maneira adequada.

   12) Mais uma vez agradeço a entrevista e agora, deixe um recado para os fãs, e conte-nos sobre os próximos passos da banda.

Eu é que agradeço a oportunidade e a força! Ainda em Junho deve ficar pronta uma nova tiragem de CDs e estamos trabalhando no próximo, que deverá ser lançado no começo do ano que vem. Os próximos shows serão no dia 7 de Julho, Sábado, no Tenis Clube de Santos, um festival que contará, também, com Druidas, Mustang 68, The Driver Rock Club e O Bando, e no dia 15 de Julho, na Praça 14 bis, em Vicente de Carvalho, em comemoração ao dia mundial do Rock. Esperamos a presença de todos com um pouco de música e muita “dança”! HAUhAUhAuHAuahu! Moscobeijos!

Links:
http://soundcloud.com/moscotron

http://www.facebook.com/moscotron

sábado, 9 de junho de 2012

Direito à ampla defesa x Senso Comum


O Caso Cachoeira e seus desdobramentos que atingem todas as esferas do poder, tem ganhado todas as manchetes, e sua decisão de contratar um dos mais notórios advogados do país,Márcio Thomaz Bastos, tem suscitado debates bastante acalorados.

As gravações colhidas pela Polícia Federal deixam claro que estamos diante de um mafioso profissional,sem quaisquer escrúpulos,mas será que isso é suficiente para rasgarmos parte da nossa Constituição?

Para ser mais específico,vamos nos atentar ao que diz o artigo 5° do inciso LV da nossa Carta Magna:

"aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes".


Lógico que é fundamental verificarmos qual a origem do pagamento dos honorários do seu advogado, mas qualquer pessoa numa situação crítica, esteja ela no papel de vítima ou de algoz, desejará ter ao seu lado alguém com notório saber e credibilidade no meio jurídico.

Aos que dizem que isso é fruto do dinheiro,enquanto outros,que possuem pouco ou nenhum recurso financeiro,dependem de um defensor público, essa não é uma questão inerente ao meio jurídico, mas a lógica nefasta do capital, que cabe a nós contestarmos, mas como falei, pela ótica político-econômica.

Revoltar-se com uma situação dessas,de grande prejuízo ao erário,é totalmente compreensível, o que não se pode é levar uma discussão tão séria e fundamental a democracia, que é o direito a defesa, para o campo da banalidade, com argumentos tão profundos quanto alguém que discute sobre o último clássico Corinthians x Santos, afinal ele está usando o mesmo direito que o Carniceiro da Bósnia usou,ou Slobodan Milosevic,criminosos de guerra ou ainda o assassino em série norueguês Anders Breivik, o de se defender,seja com um advogado ao lado,ou fazendo a sua própria defesa, sendo que esse direito está previsto em várias Cartas Magnas e legislações de Direitos Humanos ao redor do mundo.


Links:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm


Vetor - CD Demo



Recebi com bastante empolgação o cd demo da banda de thrash metal Vetor na véspera de feriado de Corpus Christi,durante o Rock N' Help III,e a seguir direi o que achei do registro.

O cd é inaugurado já em alta voltagem,com In The Sound Of Wind,muito bem feita,que desde o início já prende a atenção do ouvinte com uma bateria alucinante,e aí fica claro porque citei a bateria de Afonso Palmieri como um autêntico rolo compressor no "post" anterior.

Em Boundaries Of Procreation,além dos riffs pesando uma tonelada,a melodia da guitarra de Luciano Gavioli é impressionante,além dos vocais de Eduardo Junior,que oscilam entre o lírico bem agressivo,com forte influência de Rob Halford alternando com momentos mais limpos,ambos sem perder a qualidade e destoar de mais uma ótima composição.

Fire Soldiers tem um refrão daqueles que você vai escutar hoje e lembrar até o mês que vem,"bangeando" até o pescoço incomodar e o entrosamento entre Afonso e Luciano é o ponto alto da música.

Animate Corpses mantém a qualidade e brutalidade das anteriores,e guardadas as devidas proporções,o vocal de Eduardo Junior lembra bastante o de Schmier,esse mesmo,a lenda do thrash mundial,provando toda a sua versatilidade.

Para encerrar a demo,um cover muito bem feito de Death Metal,da banda Vulcano,em que contaram com a ajuda da banda Front Attack Line,e para fechar com chave de ouro,urros ensandecidos com um instrumental pesando uma tonelada,na velocidade da luz,ou seja,fizeram jus ao nome da música.

Concluindo,se você curte um thrash peso pesado,com riffs brutais,batera massacrante,vocais agressivos sem abrir mão da técnica,aliado a ótimas composições,ouça esse cd sem medo por várias vezes seguidas.
A propósito,apesar de ser um registro independente,a qualidade de gravação impressiona.

Que venha o registro definitivo.


Nota Final:8,5


Links:

http://www.facebook.com/pages/Vetor/142580929144460

http://www.myspace.com/vetormetal

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rock N' Help III - Tribal Club(06/06/2012)




Na véspera do feriado de Corpus Christi, aconteceu a terceira edição do Rock N’ Help, que contou com seis bandas demonstrando o melhor do rock/heavy de A a Z aos presentes,com um ótimo objetivo, ajudar a Casa da Esperança.

O evento contou com um público modesto, mas bastante empolgado, e os responsáveis por iniciarem essa noite cheia de riffs foi o trio do Moscotron,que subiu ao palco às 22h45 com uma performance muito técnica, com predominância de músicas instrumentais.Toda a banda merece destaque,mas o que dizer de Marcel Chilli?

O cara só faltou fazer sua guitarra falar, e mesmo seus passos de dança duvidosos (hehehe) deixaram a platéia petrificada.

O show empolgou o público, e se eu pudesse definir em uma palavra o seu som: surpreendente.

Em seguida, às 23h40 sobe ao palco a banda Vetor, que entortou pescoços com seu thrash metal virulento, com forte influência de Slayer,Judas Priest e Nevermore,e o adjetivo virulento é explicado pelos riffs raivosos de Luciano Gavioli,o vocal técnico de Eduardo Junior,a segurança de Luiz Meles no baixo e a bateria de Afonso Palmieri,uma verdadeira bomba-relógio,que tiveram uma performance irretocável,com ótimas composições próprias.

Dando sequência ao evento, a banda Rygel, desfalcada de um dos seus guitarristas, que por trabalhar numa plataforma, não pode comparecer, devido ao mau tempo.

Exatamente à 00h45, eles começaram o show a pleno vapor, com End Of Days,seguida de Just One,ambas do recém-lançado Imminent,que mais uma vez mostraram a força das composições,e mais ainda,como elas funcionam bem ao vivo,ganhando ainda mais peso,e por falar nisso,Aníbal Pontes desempenhou muito bem a missão de máquina de riffs,sem a companhia do competentíssimo Wanderson Barreto.

Ainda pudemos conferir Another Life,Perfect Stone(outra do cd novo),Sad But True e Nightmare para fechar a apresentação em grande estilo.

Nem mesmo os problemas inicias com o som atrapalharam a performance dessa promissora banda,que tem tudo para fazer história no estilo,pelo profissionalismo e ousadia,já que passeia por todos os subgêneros sem hesitação.

Além do já citado Aníbal, merecem destaque Daniel Felipe, que domina o palco como poucos, além de ser dono de uma simpatia fora de série, Ricardo Reis, que fez uma dobradinha pra lá de eficiente com Aníbal, e Vagner Silva, um verdadeiro relógio suíço, afinal não erra uma passagem e faz da sua batera um verdadeiro rolo compressor.

Às 02h05 é chegada a hora da banda Rising Sun mostrar ao público o seu Hard Rock muito bem executado, com a estréia do baixista Luiz Meles.

Eles começam o show com Detroit Rock City, e na sequência emendam suas duas composições até o momento, Nice To Meet You e Without You,seguindo a risca duas das regras de toda boa banda de hard rock,já que a primeira tem riffs inspirados e um refrão que após você ouvir pela primeira vez,vai cantarolar em todo lugar,e a segunda é uma balada de muito bom gosto.

Uncle Tom's Cabin,do Warrant e Still Of The Night do Whitesnake não deixaram o ânimo da galera diminuir,e para fechar a apresentação em grande estilo,Burn.

Para quem acompanha a banda já há algum tempo, é notória a evolução de todos os integrantes, a alegria e o entrosamento em dividirem o mesmo palco, com destaque para Daniel Musta, com um ritmo empolgante e riffs sempre precisos, e Carla Mariani, dona de um carisma invejável e uma bela voz, seja nas baladas ou nos rock’s mais autênticos.

Vencido pelo cansaço, já que acordei às 06h10 naquela quarta, e ainda gastei algumas calorias na academia, não acompanhei as bandas The Motters e Club Roll.

Merecem os parabéns todos os responsáveis pela realização do evento, a começar por Carla Mariani, as bandas participantes, a casa por abrir constantemente o espaço para shows de rock, em todas as suas vertentes e o público, que se não estava em número condizente com a qualidade do espetáculo, angariou 80 quilos de alimentos e R$ 662,00,que sem dúvida serão de grande valia à Casa da Esperança.

Links:

http://www.facebook.com/risingsunbrazil

http://www.facebook.com/rygelband

http://www.facebook.com/pages/Vetor/142580929144460

http://www.facebook.com/TheMotters?ref=ts

http://www.facebook.com/moscotron

http://www.facebook.com/pages/Club-Roll-Band/229848973704721

Eurocopa: Futebol é isso?




Hoje teve início a mais uma edição da Eurocopa,um dos torneios mais importantes de futebol do mundo,mas infelizmente não falarei sobre o que acontece dentro das quatro linhas.

É que essa noite fiquei sabendo que a seleção holandesa foi vítima de racismo, provavelmente a forma mais vil de violência, e o pior de tudo é que esse caso não é isolado,afinal no final do mês de maio a BBC divulgou um vídeo aterrador,em que “torcedores” ucranianos agridem um grupo de asiáticos,fazem o sinal com que Hitler era saudado,a cada início de partida,e ainda fazem som de macaco,a cada vez que um jogador afrodescendente aparece em campo.

Mais chocante do que isso, é perceber a alienação ideológica de 100% da mídia, que não citou uma linha sobre esses casos até o momento, enquanto no GP do Bahrein, que é notadamente um país violador de direitos humanos, a mesma mídia tratou de reproduzir os protestos e campanhas exigindo o boicote (legítimos, diga-se de passagem) incessantemente, afinal trata-se de um país do Oriente Médio, eixo do mal e todo o bla bla bla que já estamos habituados.
A pergunta que fica é até quando a ONU, as seleções participantes e os chefes de estado ficarão calados diante de tamanha degradação e violação dos direitos humanos, transmitida em tempo real, na velocidade da luz?

Deixo aqui claro que sou fã do esporte, mas esse tipo de atitude não condiz com qualquer país, ainda mais com aqueles que a turma do senso comum teima em colocar como “mais desenvolvidos, avançados”, mesmo que isso não tenha nenhum fundamento, levando-se em conta preceitos antropológicos, e diante disso não me resta outra opção senão deixar de assistir qualquer partida que seja, da primeira fase à final.

Links:
http://esportes.r7.com/futebol/noticias/selecao-holandesa-ouve-gritos-racistas-em-treino-para-euro-20120608.html?question=0

http://esportes.terra.com.br/automobilismo/formula1/2012/noticias/0,,OI5548407-EI19257,00-Grupos+de+direitos+humanos+pedem+boicote+ao+GP+do+Bahrein.html