quinta-feira, 28 de junho de 2012

A Nova Onda do Metal Santista - Anibal Pontes


A entrevista de hoje, nessa seção do blog, é com um dos guitarristas do quinteto santista Rygel, que esse ano lançou Imminent, seu terceiro cd, e como os demais entrevistados,foi muito solícito ao responder as perguntas.


1)    Anibal,conte-nos um pouco sobre como e quando a banda foi formada e a origem do nome Rygel?

A Rygel foi formada em meados de 2000 pelo Wanderson e Vagner quando estudavam juntos no colegial, chamava SweetSilence mas depois perceberam que o SS poderia soar como algo Nazista, foi ai que resolveram trocar o nome para Rygel, cuja ideia foi do Vagner.


2)    Quais são as suas principais influências?

Minha principal influencia é o Dimebag do Pantera, lembro bem a primeira vez que ouvi Pantera todo mundo estava naquela fase metal melódico,  Angra e Stratovarius estavam no topo, quando um amigo meu (Rafael Peres) veio com o Cowboys from Hell e disse:
 - Você precisa ouvir isso aqui!
Foi um choque de tudo que eu conhecia na época, Dimebag era um monstro na guitarra. Mas gosto muito de Kotzen, Vai, Malmsteen e Zakk Wylde. Provavelmente essas são minha influências.


3)    O que o motivou a ingressar no mundo da música?

Eu tinha uns 9 anos quando descobri a coleção de cds do meu pai, tinha: Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin, Iron Maiden, Uriah Heep, Jetthro Tull... Só bandas com guitarristas históricos e o meu pai toca guitarra e violão, então comecei a ficar curioso como tocar o que todos esses caras tocavam e começou tudo. Hehe.


4)    Além da guitarra, você sabe tocar outro instrumento?

Com o tempo e experiência você vai aprendendo a arranhar outros instrumentos, mas tocar propriamente acredito que consigo me virar com baixo e teclados. Bateria eu sou uma negação, mas curto muito. Hahahaha.


5)    Qual a maior dificuldade em ser músico no Brasil?E em Santos?

São tantas as dificuldades, aqui no Brasil temos um país que não investe em cultura e musica nos colégios, instrumentos mega-faturados por impostos absurdos, falta de interesse do mercado etc... é muito difícil fazer música no Brasil, principalmente Metal. Por isso quem faz pode ter certeza que é por amor mesmo. Agora Santos está saindo da “época negra”, antes não tinham casas, promotores e ajuda, vendo essa deficiência a galera mais oldschool se juntou e montou a Ordem dos Headbangers com o intuito de unir todos os movimentos, bandas, promotores para fazer que a cena de Santos seja a mais forte do Brasil! Eu acredito muito neles.


6)    Quais as grandes diferenças que você enxerga entre os CDs da banda?

Acho que a grande diferença é a maturidade da banda e experiências, além de tocarmos juntos, já somos amigos de longa data e já tocamos em outras bandas da cena. Isso serviu como fonte de experiência para a banda criando a personalidade que se ouve no som, no Realities ainda estávamos nos encontrando, mas no Imminent isso está bem mais explícito.


7)    Como você avalia a cena (rock/metal) no país?

Se você olhar para o lado das bandas que tem aparecido é uma das melhores cenas do mundo. No Brasil temos milhares de bandas animais, agora se formos olhar pelo lado da produção dos shows, acredito que esteja melhorando um pouco, mas ainda não é o ideal, tem muito que mudar tanto na mentalidade do público, quanto dos organizadores.


8)    Cite cinco riffs que gostaria de ter criado.

- Cowboys from hell (Pantera)
- Smoke on the water (Deep Purple)
- Black Sabbath (Black Sabbath)
- Perry Mason (Ozzy)
- Damn that River (Alice in Chains)


9)    Quais álbuns foram os responsáveis por você optar pelo metal?

Led Zeppellin 4, Sabbath Bloody Sabbath e o Battle Rages On do Purple


10) Qual a importância das redes sociais e da internet para o trabalho de vocês?

É vital para qualquer banda hoje em dia,você precisa estar em contato com os seus fãs, e precisa angariar novos fãs, e nas redes sociais é aonde você vai conseguir isso facilmente e de graça! A Internet não acabou com a indústria musical só mudou o jeito como as coisas funcionavam, hoje em dia temos bandas que optaram por não ter a versão física do cd e disponibilizar ele totalmente de graça na rede, e estão atingindo muito mais pessoas do que se tivessem prensado cópias do cd e tentado distribuir. É mais uma ferramenta para ser trabalhado no meu ponto de vista.


11) A quantas anda a turnê de divulgação do novo álbum, e como tem sido sua repercussão?
O álbum ainda é muito recente só tem 3 meses desde o lançamento, estamos começando a ver as resenhas agora e estamos muito felizes com os resultados, além do sucesso do clipe que foi muito bem aceito pela mídia sendo veiculado na RedeTV, MTV e outros canais. Além disso já temos bastante shows marcados e outros para confirmar em breve. Vamos disponibilizar a agenda da banda no site, mas tudo está sendo bem positivo.


12)  Você crê que as letras sempre politizadas, retratando temas do nosso cotidiano são as responsáveis pelo interesse despertado pela banda, num estilo que por vezes parece tão saturado?

Acredito que a letra seja um dos fatores para isso, mas não o principal. Existem várias bandas que continuam conceituais e temáticas e também tem sucesso no trabalho deles. Nossa opção por falar do cotidiano é por todos da banda termos essa postura de indignação com o que estamos vivendo dia a dia no Brasil e no mundo, logo isso reflete nas letras e nas músicas, o Realities já estava transparecendo isso, acredito que foi natural para o Imminent.


13)  Como você definiria o recém-lançado Imminent?

O lema na gravação era Energia, Peso e Brutalidade, estou bastante satisfeito com o resultado que alcançamos.hahaha.


14)  Qual a sua opinião sobre os fãs xiitas, que prefiro definir como alienados, que ao mesmo tempo que são vítimas de preconceito por terem escolhido esse estilo musical, como eu e você, disseminam preconceito na rede e em qualquer lugar?

Eu acredito que somos livres pra fazer o que bem entendermos, se o cara quer ouvir pagode, rap, funk, sertanejo. . . Vai fundo! Portanto que não me incomode, pra mim já foi o tempo que eu tentaria mudar a cabeça de todas as pessoas para ouvir Metal/Rock. Quem ouve é porque realmente gosta e estamos aí incomodando quer queira quer não!


15)  Qual a importância da ordem cultural headbanger,e em que patamar podemos chegar, com o suporte desse pessoal, na sua opinião?

A Ordem só veio pra somar, é importante as pessoas entenderem isso. O pessoal faz porque ama mesmo, não tem fins lucrativos e isso já esta dando frutos. Podemos ver as bandas muito mais unidas trabalhando juntas pelos eventos, correndo atrás, logo teremos mais surpresas da ordem e das boas!


16) Mais uma vez agradeço a entrevista e agora, deixe um recado para os fãs, e conte-nos sobre os próximos passos da banda.
Obrigado pela força, fiquem ligados na Rygel que esse ano de 2012 promete, vamos vir com tudo! Abraço a todos e não se esqueçam de ficarem ligados nas redes sociais da banda, que mostrarão muitas coisas boas.



5 comentários:

  1. MUITO LEGAL A ENTREVISTA
    E GOSTEI DO BLOG TAMBEM

    PARABENS VINI PELO TRABALHO , E PELA FORÇA QUE VC TAMBEM VEM DANDO AO ROCK & METAL NACIONAL .

    FORTE ABRAÇO !!!!

    JOÃO CARLOS
    FURIA METAL BRASIL

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  2. Woooow!! Agora sim a cena melhorará!!! Valeu, Vini!!! Juntos somos fortes!!!

    Um forte abraço e rumo ao topo!

    Joe Lauviah
    Tenda do Rock...
    http://tendafromhell.blogspot.com.br

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  3. Adorei a entrevista pessoas como vcs do blog e musicos como este fazem a diferença em nosso meio .

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  4. Só vi as mensagens agora pessoal,mas agradeço ao Eduardo,ao VVZ,ao Joe e ao João Carlos pelas palavras.Como eu sempre falo,são essas coisas que me fazem continuar nessa jornada de "jornalista" do rock.

    Juntos,mais do que fortes,somos imbatíveis.

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