quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Eu prefiro viver mil anos a 10!

Kurt Cobain, Amy Winehouse, Bon Scott, John Bonham, Elvis Presley, Jimi Hendrix, Chorão, Jim Morisson, Sid Vicious, Janis Joplin e a lista continua.

Esse texto não tem o intuito de ser moralista, muito menos doutrinário, mas independente do estilo de música, é lamentável perceber que essas cenas se repetem, dessa vez com Champignon, pois eles estão nos deixando cada vez mais cedo, e antes de não ter nada ou pouco a ver com o meu estilo de música preferido, eles deixam familiares devastados pela perda.

Não aceito e jamais aceitarei esse comentário de que pelo menos eles viveram intensamente. Muito pelo contrário, eles viveram da maneira mais efêmera possível.

No meio disso tudo, fica a pergunta de quão recompensador e atraente é esse tal mundo da fama, em detrimento do seu bem-estar. Quantos realmente estão preparados para isso?

Mais uma vez, não quero julgar ou problematizar o que aconteceu, mas antes de tudo a ideia de mártires não me encanta, prefiro ser elogiado pelo que faço em vida, e o mesmo vale pra turma que citei acima, que viva teria sacudido ainda mais as estruturas.

A questão é que vendo tudo isso acontecer, seja com os artistas ou com as pessoas do cotidiano, não há como seguir adiante sem pensar o quanto o mundo está "virado", a personificação das coisas, angústias que não pedem para chegar e muito menos avisam quando vão embora.

É chegado o momento de olharmos para nós mesmos, refletirmos que tipo de vida levamos, o que nos move...pois do jeito que está não dá.

domingo, 8 de setembro de 2013

Análise - Jacinto,o Sansão do Cais Santista

O livro, de autoria do santista Sergio Williams, lançado em 2011, mistura de uma maneira muito boa momentos históricos decisivos de Santos com ficção, tornando a leitura agradável, além de fazer com que os mais jovens conheçam parte da história da cidade de maneira divertidíssima.

O mote do livro é no momento em que Pedro conhece Jacinto, que se tornaria famoso pela quantidade de sacas de café que poderia suportar, e no decorrer das 194 páginas desenvolvem uma estreita amizade, em que ao mesmo tempo que deve achar uma maneira de voltar ao nosso século, Pedro ajuda decisivamente o trabalhador espanhol a conquistar o seu feito.



No meio disso tudo, figuras como Saturnino de Britto, José Marques Pereira, Vicente de Carvalho, Galeão Carvalhal e Benedito Calixto complementam brilhantemente a história, com ótimas referências da nossa cidade nos idos do século XX.

Recomendado para todos aqueles que esperam uma boa ficção, sem abrir mão de uma historiografia precisa.

A obra pode ser encontrada na livraria Porto das Letras.