sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Vetor, Khatryna e Nervochaos - Studio Rock (07/09/2014)

O 1º aniversário do projeto "Trinca dus Inferno" foi comemorado em ótimo estilo, e o Vetor foi o escolhido para apagar as primeira velinhas.

A ansiedade dos músicos era evidente, pois estavam prestes a estrear a nova dupla de guitarristas, formada por Ricardo Lima e Pedro Bueno.

O que se viu foi uma banda que parecia tocar junta há vários anos.


O cara é perfeccionista, ranzinza, mas justamente por isso dá gosto de conferir ao vivo.Só posso estar falando de Luiz Meles, o coração e a alma da banda.

Pedro Bueno é uma máquina de riffs, mais do que firula e pose, cumpre com maestria sua função, o que falta a muito guitarrista aí metido a virtuose.

Ricardo Lima é bem seguro no que faz e garante a "cozinha incendiária" do grupo com o preciso Afonso Palmieri.


Fosse um jogador de futebol, Ricardo não seria o camisa 10, mas é o cara que cruza, marca, dá carrinho, ou seja, joga pra equipe, e é disso que a banda precisa, todos com o mesmo ímpeto de fazer as coisas acontecerem.

Ousaram em apresentar ao público faixas do vindouro trabalho, que foram muito bem recebidas, em grande parte pela voz inconfundível de Eduardo Jr.

É disparada a melhor voz do metal da região, atingindo notas inimagináveis.

Toda pessoa que se dispõe a escrever sobre um show deve ter um olhar apurado tanto sobre os músicos, quanto sobre o público, e foi muito bonito ver a alegria e emoção com que Luciano Gavioli, ex-guitarrista e um dos fundadores da banda, cantava cada música e acompanhava cada solo.

Isso é a prova definitiva de que o estilo vai muito além da música.

Vida longa ao Vetor, e que venha de uma vez por todas o tão aguardado "Chaos Before The End".

Repertório

1 - Religious Falsehood
2 - In The Sound Of The Wind
3 - Limits Within Procreation
4 - Chaos Before The End
5 - Endangered Spieces

Vetor é formada por: Eduardo Jr. (vocalista), Pedro Bueno (guitarrista), Ricardo Lima (guitarrista), Luiz Meles (baixista) e Afonso Palmieri (baterista).


Energias recarregadas, era hora de acompanhar o Khatryna.

Poderia escrever várias linhas sobre cada momento do show, mas deixo aqui o que pode ser falado de melhor sobre a apresentação, repetido por inúmeras pessoas a cada música: "Esse cara canta muito".

Sim, Murillo Fernando canta muito e tomou conta do local com sua presença impactante e urros blasfemos.


As letras em português tornam tudo ainda mais interessante.

As marretadas de Diego Augusto, a segurança de Renan Salfatore e as palhetadas nervosas de Rafael Baltazar e Sergio Alves completam esse quinteto do qual ainda ouviremos falar bastante.


Repertório


Khatryna é formada por: Murillo Fernando (vocalista), Rafael Baltazar (guitarrista),Sergio Alves (guitarrista), Renan Salfatore (baixista) e Diego Augusto (baterista).


O encerramento dessa grande noite ficou a cargo do quarteto do NervoChaos, que botou a prova as quase duas décadas de atividade num show devastador.


Não havia tempo para respirar, e mesmo no espaço mais "intimista" destinado a banda, sua apresentação foi caótica.

Com certeza muita gente saiu do local com torcicolo, porque era inevitável "bangear" a cada pedrada do quarteto.


Repertório

NervoChaos é formada por: Guiller (vocalista e guitarrista), Quinho (guitarrista), Felipe Freitas (baixista) e Eduardo Lane (baterista).

Novamente deixo meus parabéns a casa.

Todos os créditos das fotos ao camarada Márcio Tavares.


domingo, 26 de outubro de 2014

Matanza - Tribal (15/08/2014)

Noite de sexta-feira com temperatura agradável, hora de rever os amigos e curtir o show do Matanza.

Velho Jango foi o responsável por iniciar os trabalhos.

Desde o início ficou claro que a proposta da banda era não se levar a sério, seja pelo figurino, como pelas letras bem-humoradas.


Como já disse, achei a sonoridade interessante, mas com pitadas de peso, a banda tem ainda mais pra mostrar.

Vale a pena prestar atenção nesse trio.

Repertório:
1 - Vem pra rua à toa
2 - Pequeno Pônei
3 - O Corpo Dela
4 - Espantalho de Pó
5 - Maria Bonita

Velho Jango é formada por: Rubão Ramos (vocalista e guitarrista), Jamels (baixista) e Rodrigo Bugallo (baterista).


Não tivemos tempo de respirar com o show da Bioface.

A banda tem um entrosamento surpreendente, todos dominam seus instrumentos, mas o grande destaque fica com Régis.


O cara urra como se estivesse diante dos quatro cavaleiros do apocalipse, e a todo instante cantou no meio do público, mostrando-se um autêntico “frontman”.

Outro destaque fica para as letras, bem críticas, seguidas sempre por um instrumental muito pesado.

Destaque para a faixa que leva o nome da banda, um soco no estômago, com refrão marcante e de fácil assimilação.

Ainda vamos ouvir falar bastante nessa turma.

Repertório:
1 - Mente Alterada
2 - Hierarquia
3 - Ninho de Cobra
4 - Aborto
5 - Atos Impunes
6 - Bioface
7 - Entheos
8 - Corrosão
9 - Reagir

Bioface é formada por: Régis Carbéx (vocalista), André Mazzei (guitarrista), Marcelo Antonio (guitarrista), Marco Aurélio (baixista) e Maikon Queiroz (baterista).


Madre Negra aproveitou o espaço com propriedade, com críticas carregadas de sarcasmo a nossa sociedade.


Grupo bastante técnico, e a voz limpa de Patati contrasta bem com as letras ácidas, a fúria com que pronuncia cada palavra, e o peso, principalmente do seu baterista, que é a locomotiva do grupo, ditando o ritmo de maneira muito inteligente.

Destaque para “Eu Também Estava Lá”.

Repertório:
1 - Dia da Carroça
2 - Eu Também Estava Lá
3 - Os Anjos
4 - Joelho no Chão
5 - Todo Sonhador é Viciado em Esperança
6 - Ódio Aparente

Madre Negra é formada por: Patati (vocalista), Patatá (guitarrista), Cacareco (baixista) e Palhaço Trovoada (baterista)


Goste ou não da persona de Jimmy London, é algo que inegavelmente deu certo.

A cada gesto, a plateia ia ao delírio, e as rodas se tornavam mais intensas.


Cada música era executada com o máximo de energia, e a alegria de estarem ali no palco transparecia.

Pouco importava o álbum preferido, todas músicas eram cantadas a plenos pulmões, uma após a outra, sem tempo para respirar.

O quarteto é homogêneo e tem total sincronia ao vivo.


Após uma hora e meia de show, era hora de voltar pra casa, com a satisfação de ter investido cada centavo da melhor maneira, pois todos estavam exaustos, após verem cada um daqueles músicos se doarem no palco, com uma pancada após a outra, sem estrelismos ou solos desnecessários.

Em poucas palavras, o rock na sua essência.

Repertório:
1 - Remédios Demais
2 - Odiosa Natureza Humana
3 - O Último Bar
4 - Tudo Errado
5 - Clube dos Canalhas
6 - Rio de Uísque
7 - Interceptor V6
8 - Mesa de Saloon
9 - Carvão, Enxofre e Salitre
10 - Pé na Porta, Soco na Cara
11 - Mulher Diabo
12 - Country Core Funeral
13 - Eu Não Gosto de Ninguém
14 - Ressaca Sem Fim
15 - Tempo Ruim
16 -Tombstone City
17 - Estrada de Ferro Thunder Dope
18 - Todo Ódio da Vingança de Jack Buffalo Head
19 - Maldito Hippie Sujo
20 - Conforme Disseram as Vozes
21 - Pane nos Quatro Motores
22 - E Tudo vai Ficar Pior
23 - Imbecil
24 - Bom é Quando faz Mal
25 - Sabendo Que Posso Morrer
26 - Santa Madre Cassino
27 - Meio Psicopata
28 - Uisque Para Um Condenado
29 - A Arte do Insulto
30 - Estamos Todos Bêbados
31 - Eu não Bebo Mais
32 - Ela Roubou meu Caminhão
33 - O Chamado do Bar


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A Night In The Dark - Dark Saga, Reunion e Dark Witch (16/08/2014)

A noite teve início com o quinteto da Dark Saga, que voltou a apresentar material próprio, exceção feita à ótima cover de Hell Patrol.



Tudo correu muito bem, pois a banda estava bastante a vontade, tocando com garra, Stephanie fazendo tabelinhas providenciais com Deni Martins, com sua mão pesada, e Hector mais uma vez sendo o grande destaque.


Outra mudança significativa foi Derek ter assumido os vocais, pois tem presença de palco e um alcance invejável, sendo assim, as músicas ganharam uma identidade nova, já é possível dizer que determinada música tem o DNA da banda.

Em nada lembrou a banda que vi na Tribal, há alguns dias, e o público agradeceu.



Mal posso esperar pelo próximo show, pois a banda tem ótimas composições, músicos esforçados, e a evolução será natural.

Repertório:
1 - Gravediggers
2 - Faster Than a Bullet
3 - Top Of Reality
4 - Hell Patrol
5 - Lost Humanity
6 - Alcohol
7 - Die Young
8 - Behind The Mask
9 - Lessons In Life
10 - Army Of Five

Dark Saga é formada por: Derek (vocalista), Hector Basile (guitarrista), Julio Cesar (guitarrista), Stephanie Cunha (baixista) e Deni Martins (baterista).

Em seguida subiu ao palco a banda Reunion, com a proposta de interpretar os grandes clássicos do Iron Maiden e de Bruce Dickinson.

Até aí você pode pensar que não há nada de novo, mas aí é que você se engana, eles ousaram, tocando músicas raramente executadas, além de composições próprias, que mostraram que temos mais uma grande banda no cenário.




A formação teórica da maioria dos seus músicos em escolas especializadas faz toda a diferença nos arranjos, e fidelidade na hora de interpretar esses clássicos eternos.



Além disso, as participações de Eduardo Custódio (vocal do Vetor) em Hallowed Be Thy Name e Starchildren, e de Jefferson Castanheira em The Clairvoyant e Tears Of The Dragon, foram um show a parte.



Nem mesmo a gripe de Fabio Luiz comprometeu o resultado final, pois ele soube dosar sua voz.

Repertório:
1 - Aces High
2 - Flight Of Icarus
3 - The Trooper
4 - Deja Vu
5 - Wratchild
6 - The Evil That Men Do
7 - Garden Of Pain
8 - Hallowed Be Thy Name
9 - Starchildren
10 - Transylvania
11 - Walking Alone
12 - Moonchild
13 - Bring Your Daughter To The Slaughter
14 - The Clairvoyant
15 - Tears Of The Dragon
16 - Powerslave

Reunion é formada por: Fábio Luís (vocalista), Nuno Mouronho (guitarrista), Mario Baccarat (guitarrista), Ado Remolli (guitarrista), Vinicius Kexo (baixista) e André Teixeira (baterista).

Encerrando a noite, tivemos o momento mais polêmico, com a apresentação da Dark Witch.
Como já é de costume, o quarteto capitaneado por Bil Martins iniciou os trabalhos com muito peso, e os poucos, mas leais presentes, acompanhavam com bastante entusiasmo.

Eis que na terceira música são informados que deveriam encerrar o show naquele instante, e pela primeira vez vi Bil sair de si, seu semblante era indescritível.




Tempo suficiente apenas para mais uma música, sem deixar o profissionalismo de lado, e no final da curta apresentação, no ápice da ira, o também sempre sereno César, arranca furiosamente as cordas de sua guitarra.

Infelizmente essa foi uma não-apresentação.

Vamos agora aos fatos: realmente toda casa tem um horário de funcionamento, e esse erro absurdo ocorreu por falta de planejamento, e clara definição de quanto tempo as bandas deveriam tocar, com a duração exata de cada música já estipulada, intervalo entre cada banda,etc.



Por outro lado, e principalmente por ser amigo pessoal de Bil e César, e saber do trato sempre cordial que ambos cultivam, é lamentável  ver como parte dos funcionários da casa se comportaram com o ocorrido, gritando desnecessariamente, com comentários irônicos, que gerou ânimos exaltados de músicos, funcionários e público.

Felizmente, após o ocorrido, as pessoas responsáveis pela casa esclareceram os fatos, desta feita de maneira respeitosa, e o Dark Witch recuou da decisão tomada no calor do momento, e anunciada a plenos pulmões, que àquela casa não voltariam.



É bom deixar claro, que a despeito do ocorrido, a casa tem uma ótima estrutura e localização de fácil acesso, e considerando o ineditismo do evento, ele foi um sucesso.

Repertório
1 - Master Of Fate
2 - Circle Of Blood
3 - Wild Heart
4 - Aegon The Conqueror
5 - Liberty Is Death
6 - To Valhalla We Ride

Dark Witch é formada por: Bil Martins (baixista e vocalista), César Antunha (guitarrista), Musashi Coelho (guitarrista) e André Kreidel (baterista).

O público era modesto, mas fez a sua parte, assim como o Ícaro, que organizou o evento por conta própria, aprendeu com os poucos erros, mas se entregou a cada momento das apresentações, mostrando seu respeito pelo público e os músicos.



Agradeço aos leitores, aos músicos, ao público e ao camarada Márcio Tavares pelas fotos.