sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O Espírito(de porco)olímpico



É comum ouvirmos nos noticiários ou mesmo nas mesas de bar que o atleta fulano decepcionou,o beltrano envergonhou o país,etc.

Sim,período de Olimpíadas nos tornamos especialistas em todas as modalidades.

Analisando os dados friamente,é claro que os resultados estão muito aquém da sexta economia do mundo,mas o que a maioria deixa de citar é que se os investimentos hoje são volumosos,eles não são inteligentes,já que chegam meses antes das grandes competições,ao contrário dos Estados Unidos,em que promissores atletas são disputados pelas mais renomadas universidades,e desde o início tem todo o acompanhamento necessário,por profissionais altamente capacitados.

Na China,antes mesmo de entrar na puberdade,atletas já são submetidos a uma rigorosa rotina de treinamentos,o que esclarece o protagonismo do país em toda grande competição.

Aqui,como a maioria diz,somos o país do futebol,então pouco importa se temos uma geração do vôlei "campeoníssima",tanto no masculino como no feminino,eles jogam com a bola nas mãos,e não merecem o mesmo tratamento dispensado aos boleiros,segundo nossos dirigentes e 97% da população.

Além disso,raros são os casos em que os atletas podem se dedicar exclusivamente à carreira esportiva,uma vez que nem todos tem o imprescindível "(pai)trocíno".

Sendo assim,imagine quantos caratecas,judocas,velocistas,nadadores e atletas de tantas outras modalidades já não perdemos pela falta de incentivo,ou necessidade de sobrevivência,como queira.

Um caso emblemático é o de Diego Hypólito,que se outrora era considerado uma grata revelação na ginástica artística,acaba de ser substituído no comercial de uma marca de laticínios por Arthur Zanetti,que surpreendentemente conquistou a medalha de ouro nessas Olimpíadas de Londres.

Enquanto isso,nos Estados Unidos,mesmo o furacão Michael Phelps,que elimina um a um seus adversários com um profissionalismo e garra incomuns,não consegue apagar o também lendário Mark Spitz.

Decepcionante,meu caro, é a maneira como parte da população e principalmente os dirigentes esportivos tratam nossos atletas.

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