sábado, 1 de junho de 2013

André Matos - Fênix (31/05/2013)

Cheguei à casa de shows por volta de 21h40 e tivemos nossa entrada liberada às 22h20.

Esse foi o único porém da noite, já que é sabido que 22h00 é considerado cedo para uma casa de shows apresentar sua atração principal, mas que tivessem deixado claro no ingresso, abertura da casa: 22h00, para evitar uma espera desnecessária, mas apesar disso,ou justamente por causa disso, fiquei na grade, o que me possibilitou registrar o evento em fotos.



O show teve início às 00h30, com uma música do novo trabalho, Liberty, que mostrou funcionar muito bem ao vivo.

Em seguida vem I Will Return, também muito bem recebida, e todos cantando o refrão a plenos pulmões.

Course Of Life chegou para alegrar de vez o blogueiro, que a considera a melhor do novo trabalho, e a partir desse momento, com o prato principal ainda sendo preparado, não tenha dúvida de que o jogo já estava ganho.



Detalhe para o desfecho da canção, com Rodrigo Silveira quase destruindo seu kit, tamanha brutalidade e técnica. Isso porque ele estava adoentado...

Rio foi mais um dos momentos da noite em que a plateia sobrepôs a voz de André Matos.

André Matos aproveita para agradecer à plateia e explicar que o show será diferente em relação ao que foi apresentado recentemente em São Paulo, e que o atraso seria compensado no palco, pois segundo ele, uma vez que os deixaram subir, seria difícil tirá-los de lá.

Posso ser massacrado por alguns, mas The Turn Of The Lights foi o momento que menos gostei da noite, apesar da música ganhar muito mais peso ao vivo, simplesmente a música não me agrada tanto, sei lá, acho que falta algo.

Hora do primeiro clássico da noite, com letras maiúsculas, por assim dizer. Estou falando de Lisbon, que apesar do ritmo mais cadenciado, graças à André Hernandes, que por pouco não roubou a cena do protagonista, ganhou um peso absurdo. Impossível não entoar "skies are falling down..." o mais alto possível.

Momento pra refrescar os ânimos com Fairy Tale, responsável pelo ápice dos gritos histéricos da ala feminina.



Stop! conseguiu cumprir sua função, já que todos ficaram estáticos no refrão(não consegui segurar o trocadilho), com o alcance vocal ainda inabalável de André Matos. Em pouco tempo se tornará um clássico, podem me cobrar depois.

Enquanto o trio vai tomar uma água, Rodrigo Silveira mostra todos os seus recursos num solo muito bem executado.

Voltam com On Your Own, que apesar de ter se mostrado bem mais interessante ao vivo destoou das demais.

Aos primeiros acordes da próxima música a plateia entrou em êxtase, pois muitos, como esse blogueiro, ouviriam Living For The Night pela primeira vez.

Interpretação primorosa, entremeada pela apresentação da banda e a promessa de retorno em dez minutos, para um dos momentos mais aguardados da noite.

Rigorosamente à 01h50 os presentes não conseguem conter a emoção ao ouvir Unfinished Allegro e com Carry On mal se ouve a voz de André Matos, não por não conseguir mais alcançar certas notas, muito pelo contrário, mas pela empolgação do público.



Independente se você já ia a shows na época do lançamento desse divisor de águas do metal nacional, ou era apenas uma criança, como esse que vos escreve, chega a ser desnecessário citar cada uma dessas músicas, mas cairei em contradição, porque algumas foram definitivamente um capítulo a parte.

Stand Away pode até não figurar como um dos clássicos da banda, mas o que André Matos cantou nessa música é algo que não pode ser explicado aqui pelo maior jornalista desse país, que dirá por esse blogueiro.

Por mais que todos ali fossem fãs de primeiro escalão, Wuthering Heights causava certa apreensão, mas mostrando mais uma vez o quanto sua voz se conservou, foi outra que teve uma interpretação impecável.

Daí em diante, foi um final apoteótico, com Streets Of Tomorrow (minha preferida do álbum) e Evil Warning.

Com Lasting Child ecoando pela casa só nos restou a sensação de que presenciamos um momento histórico, digno de se contar aos amigos, futuramente aos netos, e por aí vai.

Parece que citei apenas brevemente as músicas, mas os responsáveis por essas preciosidades merecem vários parágrafos.

Começando por André Matos, os cabelos brancos já não escondem os 41 anos, mas ao contrário do que acontece com os grandes cantores do estilo, sua voz continua inabalada e assim como Neymar nasceu para o futebol, ele nasceu para o palco, já que além de fazer o que bem entende com a sua voz, sem errar uma nota ou titubear nas canções mais difíceis tem um domínio completo do palco, já que desde o figurino até os trejeitos, a interação com a plateia, enfim, todo o mise-èn-cene é irretocável, um show a parte.

A técnica e segurança de Hugo Mariutti enchem os olhos e demonstra porque ele aparece dentre os indicados a melhor guitarrista do país anualmente.

O que André Hernandes, ou Zaza, toca é digno de estudo. Guitarrista extremamente técnico e inventivo, merece muito mais atenção do público e da crítica especializada.

Bruno Ladislau tem uma ótima presença de palco e total domínio do seu baixo. Presença fundamental na banda.

Rodrigo Silveira, apesar de como já dito por aqui, não estar em 100% da forma, por ter contraído a gripe H1N1, tocou com toda disposição possível e técnica invejável.

Faço questão de parabenizar o Pepinho pela iniciativa, ao público, aos músicos e principalmente aos funcionários da casa, que mesmo habituados com um público de outros estilos musicais nos trataram com extremo profissionalismo e cortesia, dada a nossa ansiedade em entrar na casa.

Obs.: É recomendável colocar mais de um funcionário para controlar o acesso do público. Além disso, o espaço é amplo e ótimo para shows desse porte, mas deve-se investir num sistema de ventilação, pois independente da quantidade de pessoas na casa, o ar não circula, deixando o ambiente muito abafado.


Lista de Músicas

1 - Liberty
2 - I Will Return
3 - Course Of Life
4 - Rio
5 - The Turn Of The Lights
6 - Lisbon
7 - Fairy Tale
8 - Stop!
9 - Solo de Bateria
10 - On Your Own
11 - Living For The Night
12 - Unfinished Allegro
13 - Carry On
14 - Time
15 - Angels Cry
16 - Stand Away
17 - Never Understand
18 - Solo de Guitarra
19 - Wuthering Heights
20 - Streets Of Tomorrow
21 - Evil Warning
22 - Lasting Child

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