Duas novidades agitaram essa semana: a renúncia do Primeiro-Ministro italiano Mario Monti e a nomeação do senador John Kerry como Secretário de Estado dos Estados Unidos.
O título faz todo sentido, quando percebemos que no primeiro caso, o senador John Kerry foi desde 2008 presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, ficando claro que nada mudará na anacrônica e belicosa política externa estadunidense.
Já no segundo caso, com o iminente retorno de Silvio Berlusconi, fica clara a instabilidade política do país, com as sucessivas renúncias, desde Romano Prodi, e que para saírem da tal crise, precisarão ir muito além do habitual, ou recomendado pelos "especialistas" do mercado.
Por fim, fica claro que mudam-se alguns nomes, mas as bases do status quo são sempre conservadas, além disso, é chegada a hora de mostrarem todo o seu racionalismo, que ditou o malfadado rumo da América Latina por algum tempo, e adotarem o Consenso de Washington ou qualquer outra medida imposta pelos seus amigos de longa data do FMI.
Na situação estadunidense, Obama é o símbolo que a "democracia" estadunidense é a mais completa e justa, pouco importando que ele não possa governar de fato, afinal ele é o afrodescendente aceitável, aquele que não ousará nem por um milímetro tocar em qualquer ferida da sociedade.
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