sexta-feira, 18 de julho de 2014

Heavenly Kingdom - Nature In Fury

Hoje vou falar do trabalho mais recente dos meus conterrâneos (Cubatão/SP) do Heavenly Kingdom.

Ele foi lançado em 2013, pelo selo Heavens Music, gravado em O Beco Estúdio, com mixagem de Ivan Pellicciotti e Adair Jr, este último também responsável pela produção.

A bela arte da capa ficou a cargo de Luiz Fernando.


O disco começa a todo vapor com distorções vigorosas, um ótimo prenúncio do que estamos prestes a ouvir.

Em seguida temos The Trial, com riffs potentes, alta velocidade e urros alucinantes.Tá explicado porque funciona tão bem ao vivo.

A faixa que dá nome ao álbum mantém a brutalidade e velocidade anterior, porém com algumas quebras de andamento providenciais.Impossível não cantar a plenos pulmões Nature In Fury.

Em No Violence, Balula começa a conquistar o protagonismo, espancando seu kit com toda violência (sem o perdão do trocadilho), fazendo uma ótima dobradinha com Juninho.

Don't Blame Me, Don't Judge Me apresenta solos inspiradíssimos da dupla Vagner/Morto, além da ótima participação de Angelo Quintanilha, fazendo toda a diferença no refrão, ora agressivo, ora mais limpo.

Após ouvir as viradas venenosas de André logo nos primeiros minutos de Crossing The Waters, sinceramente não há mais o que comentar a respeito da música.

Mais uma ótima composição, e várias outras fintas de Vagner e Morto.São uma verdadeira máquina de riffs.

É impossível não ficar arrepiado com esse refrão, em que é possível sentir a aflição por mudanças, ou ainda com o início de Annunciation, recitado da maneira mais sombria possível.Melhor música do trabalho, disparada.

Tudo funciona em Destruction Of The Temple, e novamente é caso de se fazer uma tese sobre o que André está fazendo com os seus bumbos, uma verdadeira arma de destruição em massa.Prevejo pessoas perdendo a voz com o refrão certeiro "I feel my eyes,I feel my blood..."

Against All Evil tem uma velocidade estrondosa, mas fica nisso, letra pouco inspirada, melodia não empolga, um ponto fora da curva.

In The Sign Of The Cross tem novamente uma atuação inspirada da dupla Vagner/Morto, abrindo a caixa de ferramentas, despejando riffs em cima de riffs.

Retomam o fôlego em Superaction, com a participação especial de Rodrigo BV, e a dualidade heavy/thrash fica mais evidenciada, principalmente no refrão mais agudo "duelando" com os urros de Vagner.Está lançada a petição

Escaping From Hell é a faixa perfeita para fechar o trabalho, mais uma porrada certeira.

No geral, o disco funciona muito bem, pois não há uma ou outra música de destaque, todas se saem muito bem.

Outro fator positivo são as letras, que fogem dos clichês de dragões/mitologia, focando sempre o quanto a sociedade está deteriorada, mas o que podemos fazer para melhorar.Uma crítica social autêntica.

Não reinventaram a roda, mas aqui é heavy/thrash de gente grande.

Os ex-integrantes ajudaram a moldar as características da banda, mas mal posso esperar pelo próximo trabalho, com o retorno de Bil Martins, o que com certeza resultará num disco ainda mais pesado e ousado.

Lista de Músicas

1 - Intro
2 - The Trial
3 - Nature In Fury
4 - No Violence
5 - Don't Blame Me, Don't Judge Me
6 - Crossing The Waters
7 - Living Without Drugs
8 - Annunciation
9 - Destruction Of The Temple
10 - Against All Evil
11 - In The Sign Of The Cross
12 - Superaction
13 - Escaping From Hell

Os integrantes que gravaram esse trabalho foram: Vagner Mesquita (vocalista e guitarrista), Morto (guitarrista), Juninho (baixista) e André Balula (baterista).

A formação atual da banda conta com: Vagner Mesquita (vocalista e guitarrista), Bil Martins (guitarrista), Nando Rodrigues (baixista) e André Balula (baterista).

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